Governo quer reforçar aposta no ensino e formação
Portugal tem de, “rapidamente, acelerar a formação dos públicos adultos” e, simultaneamente, de aumentar o número de jovens que entram no ensino superior, considera o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
“Apenas quatro em cada 10 jovens com 20 anos estão no ensino superior, que é a média europeia. Mas não nos devemos contentar. Temos um percurso na próxima década de tentar chegar a seis em cada 10 jovens. Quando vamos para o nível dos 40 anos, temos de, rapidamente, acelerar a formação dos públicos adultos”, afirmou o ministro.
Falando à margem de uma visita ao Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), realizada esta terça-feira, Manuel Heitor disse que a formação de adultos é uma oportunidade para as instituições superiores, como o Instituto Politécnico de Coimbra.
A propósito da possibilidade de obter o grau de doutoramento nos politécnicos, o governante afirmou que “há uma necessidade crescente de formar mais pessoas e mais adultos”, acrescentando que a formação “ao nível do 3.º ciclo é um detalhe, no âmbito daquilo que é o grande desafio português”.
“É um desafio para Portugal ter mais estudantes com ensino superior”, pelo que, face ao aumento do número de alunos a frequentar a via profissional no ensino secundário, é preciso “abrir o acesso” destes estudantes às universidades e aos politécnicos.
“A ideia é abrir outras vias para facilitar uma penetração crescente no ensino superior, porque sabemos que o ensino superior cria melhores empregos”, através de um “processo gradual”, que se tem de fazer “passo a passo”, disse Manuel Heitor.