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Governo quer manter boa relação entre portos portugueses e britânicos

Governo quer manter boa relação entre portos portugueses e britânicos

Portugal tudo fará para que haja “uma relação facilitada” entre os portos nacionais e os do Reino Unido, sustentou ontem no Parlamento a ministra do Mar, garantindo Ana Paulo Vitorino que o Governo está já a “preparar vários planos nesse sentido”.

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Governo quer manter boa relação entre portos portugueses e britânicos

Durante uma audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, a ministra Ana Paula Vitorino, depois de garantir que o Ministério que lidera está a preparar um conjunto de planos capazes de minimizar eventuais dificuldades trazidas pelo Brexit, iniciativas que na opinião da governante vão certamente ajudar a “facilitar a relação” entre os portos portugueses e britânicos, aludiu ao facto de as preocupações que o seu Ministério tem em relação às exportações, são em tudo “semelhantes às sentidas pelos outros setores” do Governo.

Neste sentido lembrou que o Ministério do Mar está a preparar um conjunto adequado de medidas e de programas para tentar reduzir o impacto que a saída do Reino Unido da União Europeia pode trazer para Portugal e para a sua economia, anunciando a este propósito, por exemplo, que para apoiar as entradas e as saídas de mercadorias o Governo aprovou já um conjunto de planos relativos “à janela única logística” entre portos nacionais e britânicos, uma iniciativa que segundo Ana Paula Vitorino tem por objetivo “não acrescentar às questões que têm a ver com taxas de importação e de exportação problemas de perda de competitividade”.

A responsável do Ministério do Mar abordou ainda questões ligadas às quotas de pesca, salientando que a principal preocupação do Governo português neste momento não é tanto a do bacalhau, mas sobretudo em relação à “quota do verdinho”, assunto que a ministra Ana Paula Vitorino referiu constitui uma preocupação para Portugal e que terá de ser resolvida com o Reino Unido.

Em relação ao bacalhau a ministra lembrou que não existe negociação de acordos diretos entre Portugal e a Noruega para efeitos de se estabelecer quotas de pesca desta espécie, sendo que “tudo é feito”, como recordou, através da União Europeia, havendo apenas, como acrescentou, “uma percentagem do acordo que existir com a União Europeia”.