home

Governo quer mais alunos de etnia cigana a frequentar o ensino universitário

Governo quer mais alunos de etnia cigana a frequentar o ensino universitário

Vão aumentar para 30, este ano letivo, o número de bolsas de estudo no ensino universitário para alunos da comunidade cigana, anunciou ontem o ministro Eduardo Cabrita, que classificou a medida, iniciada em 2016, histórica por ter permitido “resgatar mentalidades”.

Notícia publicada por:

Governo quer mais alunos de etnia cigana a frequentar o ensino universitário

O anúncio foi ontem feito pelo ministro Adjunto do primeiro-ministro, durante o decorrer de uma cerimónia onde o governante fez o balanço da primeira edição do Programa Operacional para a Promoção da Educação (Opre), iniciativa no âmbito da qual foi lançado, o ano passado, este programa de apoio aos alunos ciganos do ensino superior.

Segundo Eduardo Cabrita, o Governo gostaria de poder ter avançado “não apenas com mais 30 bolsas de estudo este ano, mas com mais 300 candidaturas” reconhecendo o governante que o problema “não está no financiamento” desta bolsas, mas na falta de candidaturas de “mais jovens, homens e mulheres da comunidade cigana”, em quererem aceder ao ensino superior.

As bolsas de estudo atribuídas no ano letivo de 2016 pelo Governo aos alunos universitários da comunidade cigana, 11 para homens e 13 para mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos, ainda segundo o ministro Adjunto, mostram que houve uma taxa de sucesso, respetivamente de 71% e de 77%, com a grande parte dos alunos a terem optado pelas ciências sociais, ou pelas áreas da psicologia, ciências jurídicas, fotografia, desporto, automação naval ou serviço social.

Para Eduardo Cabrita, estes jovens estudantes ciganos “são uns heróis”, garantindo que esta iniciativa do Governo” é “não só uma prioridade política”, como a realização de um dos “sonhos” que o deixa mais satisfeito, reconhecendo que o país está a reparar “uma dívida de justiça” para com a comunidade cigana, uma dívida, como realçou, que é “de toda a sociedade portuguesa”.