home

Governo português reitera defesa de solução com acordo

Governo português reitera defesa de solução com acordo

Por mais “solavancos” e sobressaltos que ainda possam existir no processo do ‘Brexit’, a União Europeia, como tem dados sobejas provas, está preparada para os enfrentar. A garantia foi dada em Londres pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, lembrando que o Governo português tudo tem feito para evitar uma saída sem acordo do Reino Unido.

Notícia publicada por:

Governo assegura resposta a todos os pedidos de repatriamento

Se for necessário encontrar espaço para um novo adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia, o Governo português não hesitará em apoiar esta solução, garantiu Augusto Santos Silva, para quem é preferível patrocinar “um novo adiamento do que uma saída sem acordo”.

Segundo o chefe da diplomacia, o Governo português “sempre defendeu”, desde o primeiro dia em que o Reino Unido se decidiu pelo abandono da União Europeia, que o “pior dos cenários” para ambos os lados seria uma saída sem acordo, tese que o Executivo de Lisboa, como recordou, sustenta desde fins de 2016, lembrando que Portugal é dos estados membros da UE que mais se tem batido pela “existência de um acordo com o Reino Unido”.

Em entrevista à agência Lusa na capital britânica, o ministro dos Negócios Estrangeiros, depois de mencionar que a União Europeia “está a acompanhar o processo que decorre no Parlamento britânico”, garante que mantém a expetativa de que ainda possa haver espaço e tempo para um novo acordo que satisfaça ambos os lados, apesar de já se terem negociado, sem sucesso, como lembrou Augusto Santos Silva, dois acordos entre a União Europeia e o Reino Unido, o primeiro com Theresa May e o segundo já com o atual primeiro-ministro, Boris Johnson.

Augusto Santos Silva fez ainda questão de referir que, há apenas dois dias, no passado dia 20, os embaixadores em Bruxelas participaram numa reunião alargada onde o tema debatido foi o ‘Brexit’, mostrando mais uma vez, como salientou, a sua total disponibilidade para que o Parlamento Europeu ratifique o acordo assinado entre a UE e o primeiro-ministro britânico, o que acontecerá, como lembrou, depois da aprovação do acordo na Câmara dos Comuns.