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Governo português empenhado em fortalecer relações com nova administração norte-americana

Governo português empenhado em fortalecer relações com nova administração norte-americana

Augusto Santos Silva afirmou em Bruxelas não entrever qualquer “dificuldade específica” em relação aos portugueses residentes nos Estados Unidos da América, em resultado da recente eleição de Donald Trump. Para o ministro dos Negócios Estrangeiros o “importante contributo” que a numerosa comunidade portuguesa tem dado à economia e à sociedade norte-americana é a garantia de que não “haverá nenhum problema”.

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Governo português empenhado em fortalecer relações com nova administração norte-americana

Quanto à declaração do presidente eleito norte-americano de que serão expulsos milhões de imigrantes ilegais, Augusto Santos Silva remeteu a questão para o foro interno da política norte-americana, sem deixar contudo de observar que a “lógica de deportação em massa” vai contra os valores da União Europeia.

O governante português falava à entrada esta manhã para a reunião do Conselho de Negócios Estrangeiros dos 28, que hoje, 2ª feira, teve lugar em Bruxelas, salientando não antecipar, a propósito do anúncio feito pelo novo presidente norte-americano, “qualquer dificuldade específica” para a comunidade portuguesa residente nos Estados Unidos da América.

Já ontem, depois de ter participado num jantar informal dos chefes de diplomacia da União Europeia, convocado pela Alta Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Federica Mogherini, para discutir o futuro das relações entre a UE e os EUA, perante o que os governantes europeus consideram ser um “inesperado triunfo” de Donald Trump nas eleições norte-americanas, Augusto Santos Silva tinha manifestado a certeza do empenho de todos os Estados-membros da União Europeia em continuar a trabalhar em conjunto com a nova administração norte-americana numa agenda, como referiu, “comum para reforçar a cooperação”.

A este propósito, Augusto Santos Silva lembrou que os norte-americanos têm sido desde sempre “fortes aliados e muito próximos da UE”, razão mais do que suficiente, como justificou, para que “continuemos a trabalhar na consolidação de uma uma agenda comum”.

O titular da pasta dos Negócios Estrangeiros elencou depois o que considerou serem as “principais preocupações” dessa agenda, destacando, designadamente, as negociações sobre tratado de comércio livre entre a Europa e os EUA.

Turquia preocupa a Europa

Nesta reunião, que juntou os 28 chefes da diplomacia dos países da União Europeia, foi ainda discutida a situação política na Turquia, situação que Bruxelas segue com muita apreensão, tendo Mogherini, em nome dos 28 Estados-membros da União Europeia, condenado os recentes “recuos na democracia” naquele país, designadamente, como referiu, em relação às limitações da liberdade de expressão e às prisões em massa de opositores do Governo, condenando veementemente a intenção do Executivo de Ancara de reintroduzir a pena de morte no país.