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Governo mantém níveis elevados de prontidão até final do mês

Governo mantém níveis elevados de prontidão até final do mês

Até ao final deste mês de outubro “será mantido o nível de prontidão” de “muito elevado” de combate aos incêndios, uma garantia deixada hoje pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

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Governo mantém níveis elevados de prontidão até final do mês

A Proteção Civil não vai baixar até ao final do mês de outubro o atual nível de prontidão do combate aos incêndios florestais, mantendo permanentemente ao serviço do sistema 7.600 operacionais, garantiu o ministro da Administração Interna, salientando que a este número poderão ainda, caso venha ainda a ser necessário, juntar mais cerca de dois mil operacionais da área do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Segundo Eduardo Cabrita, que hoje presidiu à reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, também nos meios aéreos “haverá uma prontidão muito elevada”, cenário que na opinião do ministro se justifica, lembrando que ainda no passado sábado “houve em Portugal 101 incêndios e 26 intervenções com meios aéreos”.

Já quanto aos dispositivos de combate a incêndios nas zonas rurais, o número de meios terrestres e aéreos será reduzido a partir de hoje, quarta-feira, dia em que termina o nível III de empenhamento operacional e se inicia o nível II, passando a estar no terreno as forças de empenhamento permanente e 39 meios aéreos, garantindo o governante que a “avaliação do perigo e do risco determinará o nível de empenhamento adicional de meios”.

Mais meios e melhor articulação

O titular da pasta da Administração Interna referiu ainda que Portugal, dois anos depois dos terríveis incêndios de 2017, está hoje “mais bem preparado” para enfrentar os incêndios florestais, dispõe de mais meios e de uma “melhor articulação” entre todas as instituições, o que na prática, segundo Eduardo Cabrita, se traduz por “bons resultados” como já não se viam há mais de uma década e pelo aumento da “confiança no sistema de proteção civil”.

Uma confiança que se traduz, aliás, como lembrou ainda, no facto de hoje se registar uma “redução do número de ocorrências em 45% relativamente à média dos últimos dez anos”, a par de uma redução também da área ardida de 66% relativamente à média igualmente da última década, chamando ainda a atenção para o facto de que 2019 “regista a segunda menor área ardida e o mais baixo número de ocorrências de incêndios desde 2009”.