Governo lança novo concurso para colocar 167 médicos nas regiões mais carenciadas
No âmbito do despacho conjunto dos ministérios da Saúde e das Finanças publicado ontem, o Governo lançou o processo de recrutamento para preencher 167 vagas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com vista a reforçar os recursos médicos das zonas carenciadas.
Em nota divulgada esta terça-feira, o Governo refere que as vagas destinam-se a médicos de família (50 vagas) e a 13 especialidades hospitalares, nomeadamente: anestesiologia (14 vagas), cardiologia (15), medicina interna (17), ginecologia/obstetrícia (12) e psiquiatria (10).
O despacho prevê que os médicos sejam distribuídos por 17 unidades hospitalares e 16 agrupamentos de centros de saúde das zonas identificadas com maiores necessidades, tais como, o Alentejo, Algarve, nordeste transmontano e as beiras alta e interior.
Condições atrativas
De acordo com o comunicado, os médicos que venham a preencher 167 vagas, poderão beneficiar de “um acréscimo da remuneração base de 40%, um reforço de dois dias de férias, a possibilidade de participação em atividades de investigação clínica e maior facilidade de mobilidade também para os cônjuges”.
As zonas carenciadas foram definidas pelos serviços segundo critérios como “os níveis de desempenho assistencial, produtividade e de acesso, a distância geográfica relativamente a outras unidades de saúde e a capacidade formativa dos serviços e estabelecimentos de saúde”.
Meio milhão de portugueses com médicos de família
A mesma nota oficial informa que foi concluído o concurso lançado em maio para 398 vagas de medicina geral e familiar, ao qual se candidataram 369 recém-especialistas.
Assim, a partir de julho, com a colocação de 305 médicos de família no SNS, mais 500 mil portugueses vão ficar com médico de família.