Equidade e determinação na recuperação de todas as habitações
Falando em Pampilhosa da Serra, um dos vários concelhos atingidos pelos incêndios que visitou este fim-de-semana, o primeiro-ministro garantiu que os princípios de equidade e de justiça, e a mesma “energia e a mesma determinação” com que o Governo tem estado a intervir na resolução dos problemas causados pela tragédia do incêndio ocorrido em Pedrógão Grande, em junho, onde neste momento “há 70% das casas concluídas ou em obra”, serão “exatamente os mesmos” que “aplicaremos em relação à tragédia dos incêndios de outubro”.
António Costa lembrou, contudo, que a tragédia provocada pelos incêndios florestais de outubro foi de uma dimensão muito superior à que se registou no verão nos concelhos do norte do distrito de Leiria, referindo que os fogos florestais de 15 e de 16 de outubro tiveram “consequências de uma dimensão muitíssimo superior” em relação ao que se tinha verificado em Pedrógão Grande, uma vez que em outubro atingiram 36 concelhos, abrangendo uma área com “uma dimensão muito grande”, onde a destruição atingiu 1483 casas (comparando com as 268 de Pedrógão), das quais 159 estão já concluídas ou em obra.
Apoios do Estado
O líder do Governo salientou também que as verbas disponibilizadas para a reconstrução das habitações é também nestes dois casos “muito diferente”, uma vez que para as habitações destruídas pelos incêndios em Pedrógão Grande estão destinados 10 milhões de euros, enquanto para as regiões atingidas pelos fogos florestais de outubro, e só na “componente de primeiras habitações”, as ajudas rondam os 75 milhões de euros.
Quanto à origem das verbas para este programa de reconstrução de habitações dos incêndios florestais, António Costa lembrou que, em junho, “houve uma grande solidariedade espontânea da sociedade civil”, uma ajuda que todavia não chegou para ser estendida aos incêndios de 15 e de 16 de outubro, chamando o Estado, neste caso, a ter “um contributo maior”, algo que está previsto, como garantiu, no Orçamento do Estado para 2018”.
Para o primeiro-ministro, uma boa iniciativa que “todos podem prestar” aos concelhos que foram afetados pelos incêndios florestais “é visitá-los” e assim ajudar a dar “vida e ânimo” aos territórios nesta época natalícia”, aproveitando para usufruir dos inúmeros eventos que as câmaras municipais e as diversas entidades particulares estão a organizar a propósito deste período de Natal.