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Governo fez a maior destruição de postos de trabalho

Governo fez a maior destruição de postos de trabalho

“Vivemos nos últimos anos a maior destruição de postos de trabalho que tivemos há muito tempo”, mas também de “precarização absoluta” das relações laborais, afirmou António Costa, considerando “muito grave” que o primeiro-ministro desconheça ou queira enganar os portugueses sobre o flagelo do desemprego.

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Governo fez a maior destruição de postos de trabalho

“Foram 320 mil postos de trabalho que se perderam e não podemos deixar de ter em conta que o desemprego mais do que estatística são pessoas em concreto que perderam os seus postos de trabalho”, salientou o secretário-geral do PS.

Falando aos jornalistas durante a visita que efetuou, em Santo António, à Feira das Atividade Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, António Costa disse que “é muito grave que o primeiro-ministro ou desconheça a realidade ou, pior ainda, que queira enganar os portugueses quanto à realidade” do desemprego.

Aproveitando para explicar que os “160 mil postos de trabalho recentemente criados foram em regime de emprego e inserção, ou seja, são emprego subsidiado, que tem um impacto estatístico, mas tem tido um impacto muito reduzido na criação efetiva de postos de trabalho”.

Sobretudo, sublinhou, “têm sido anos de uma precarização absoluta das relações de trabalho”, adiantando que “90% dos contratos de trabalho que têm sido celebrados têm sido a prazo e só 20% se têm convertido em contratos definitivos”.

Segundo o líder socialista, “a forma como o primeiro-ministro procura sistematicamente brincar com os números e enganar as pessoas demonstra bem onde começa a falta de confiança”.

“O Governo já julga que por ter ganho umas eleições a enganar as pessoas pode ganhar todas as eleições a enganar as pessoas, mas as pessoas não se deixam enganar”, disse.

Devolver a confiança ao país

E isto porque, lembrou António Costa, “as pessoas sabem bem o que é que aconteceu em Portugal nos últimos quatro anos, sabem bem como este Governo se orgulhou e gabou de ir além daquilo que era a obrigação imposta pela troica”.

O líder do PS considerou que a “estratégia económica” seguida pela troica e pelo Governo da direita “foi um fracasso”, lamentando “que o Governo não tenha aprendido com os seus erros e o que tenha a propor hoje aos portugueses é mais do mesmo: manter os cortes, os aumentos dos impostos e ainda introduzir um novo corte nas pensões de mais de 600 milhões de euros”.

E é por isso, disse, que “aquilo que as pessoas nos dizem hoje, as pessoas que ouvimos na rua, que falam connosco, é o seguinte: é preciso correr com eles, é preciso mudar esta política e é preciso devolver a confiança ao país”.