Governo facilita diálogo entre lesados do BES e instituições
Salientando que o Governo não pretende substitui-se à justiça, mas que não deixará de ter “um papel de observador” que “permita alcançar uma solução”, António Costa fez questão de lembrar que este memorando estabelece um calendário “bem preciso”, definindo o próximo mês de maio como data limite para que se encontre uma solução.
Perante os parceiros deste acordo, Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Banco Espírito Santo e Associação de Defesa dos Clientes Bancários Lesados e Investidores em Papel Comercial, o primeiro-ministro garantiu que o Governo será o “condutor e facilitador” do diálogo entre os investidores não qualificados titulares de papel comercial do grupo Espírito Santo e as instituições, acrescentando que o papel reservado ao Executivo é o de ajudar a encontrar a melhor solução para todas as partes envolvidas.
António Costa enalteceu o empenho de todos, sublinhando que este acordo vai ajudar a “aumentar e reforçar a confiança dos cidadãos nas instituições e no sistema financeiro”, lembrando que este princípio de entendimento ocorre ao fim de mais de um ano de “crispação e incertezas” quanto ao desfecho do chamado caso dos lesados do BES.
Depois de garantir que o Governo não deixará de acompanhar “como promotor, observador e facilitador” o diálogo entre as partes envolvidas na assinatura deste memorando, “promovendo o esforço comum para a procura de soluções consensuais”, o primeiro-ministro realçou que através deste memorando fica selado um princípio, segundo o qual, os subscritores deste acordo manifestam vontade, em articulação com o Governo, de colaborar e participar neste procedimento de diálogo.