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Governo está a baixar impostos que a direita aumentou

Governo está a baixar impostos que a direita aumentou

O Governo do Partido Socialista está a reduzir os impostos que “foram aumentados pela direita”, lembrou à oposição, no Parlamento, o deputado socialista João Galamba.

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Governo está a baixar impostos que a direita aumentou

Reagindo às declarações que considerou extemporâneas e pouco credíveis do deputado do PSD Leitão Amaro, que acusou o Governo de ter introduzido mudanças nos escalões do IRS que estão a contribuir para “aumentar as desigualdades”, João Galamba descreveu esta opinião como “um pouco descarada”, lembrando a propósito que o Executivo socialista mais não fez do que “reduzir os impostos que a anterior maioria de direita aumentou”.

Para o deputado socialista, o que começa, desde logo, por estar mal, é o “estudo em que o deputado da direita se baseou” para fazer as acusações que fez ao Governo do PS, lembrando-lhe que quando a Comissão Europeia refere que o fim da sobretaxa “agrava a distribuição de rendimentos”, apenas está a falar do seu impacto em 2018, e esquece, como acrescentou, “o impacto tanto em 2016 como em 2017”.

Depois de recusar as acusações do PSD, mas também a análise que a Comissão Europeia faz a este propósito, que João Galamba considera “parcial e enganadora no que diz respeito aos escalões”, o eleito socialista vai mais longe e defende que o Governo do PS, ao contrário do que é acusado, não está a aumentar impostos, mas pelo contrário, está é a “reduzir impostos que o PSD aumentou”.

Segundo João Galamba, a eliminação da sobretaxa, ao invés do que afirma a Comissão Europeia e o PSD por arrasto, “não só reduziu desigualdades dos rendimentos em Portugal”, como “contribuiu para a melhoria da justiça fiscal”, acrescentando que Bruxelas continua errada quando diz que qualquer redução do IRS “aumenta a desigualdade de rendimento”, o que para João Galamba não corresponde à realidade uma vez que “metade da população portuguesa não paga IRS”.

De facto, como adiantou, se “reduzirmos um euro ou um cêntimo a qualquer pessoa que paga, a distribuição de rendimentos agrava-se face aos que não pagam” e, como “não pagam IRS, não podem beneficiar da redução de impostos”.

O deputado socialista lembrou ainda que o que Governo fez em relação ao Orçamento do Estado para 2018 foi “desdobrar o segundo escalão, reforçando a progressividade com a descida de impostos para toda a gente que ganhe entre 7700 a 40 mil euros por ano, garantindo que a descida de impostos “é tanto maior quanto menor for o rendimento”.