Governo dos Açores acredita que não haja despedimentos
O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, diz acreditar que não haverá despedimentos de trabalhadores portugueses na base das Lajes, depois de o Governo dos Estados Unidos ter comunicado, em janeiro deste ano, uma redução gradual de trabalhadores portugueses e de civis e militares norte-americanos.
O líder do Executivo açoriano, que falava à saída de uma audiência que ontem concedeu em Angra do Heroísmo ao diretor-geral do Departamento de Estado dos Estados Unidos para os Assuntos Europeus e da Euroásia, Conrad Tribble, e ao embaixador norte-americano acreditado em Lisboa, Robert Sherman, na preparação do encontro de hoje no âmbito das reuniões bilaterais que se têm vindo a realizar entre Portugal e os Estados Unidos da América, mostrou-se otimista de que não haja despedimento de trabalhadores portugueses, ressalvando, contudo, que este processo “ainda está a ser trabalhado”.
“Julgo estarem criadas as condições”, disse Vasco Cordeiro, para que “não haja necessidade de despedimentos”, referindo-se aos trabalhadores portugueses que trabalham na base das Lajes, alertando porém para “o longo caminho” que ainda falta percorrer.
O líder do Governo dos Açores disse que o seu otimismo sobre este processo advém também do facto do muito trabalho já feito noutras matérias, designadamente ao nível das infraestruturas, da atenção permanente às questões ambientais ou à “cooperação concreta” com a região, acrescentando que um dos assuntos que está em cima da mesa tem a ver com os possíveis usos futuros da base das Lajes, matéria que, como garantiu, “está fora do âmbito da comissão bilateral” e entregue à decisão do Departamento da Defesa e do Congresso norte-americano.
O governante realçou não ter dúvidas de que as próximas reuniões bilaterais vão continuar a “consolidar o caminho construtivo” conseguido até agora, procurando pontos de equilíbrio que “satisfaçam os interesses de ambas as partes”.
Recorde-se que o Governo norte-americano anunciou nos primeiros dias de janeiro de 2015que iria proceder a uma redução gradual de trabalhadores portugueses de 900 para 400 pessoas ao longo do corrente ano, e de civis e militares norte-americanos de 650 para 165, permitindo assim uma poupança anual de 35 milhões de dólares, cerca de 29,6 milhões de euros.