Governo do PS “arregaçou as mangas” e apoiou empresas desde o início
O deputado do PS apontou, durante a discussão em plenário, a evidente “linha que separa este Governo do anterior” do PSD/CDS-PP: “Enquanto a direita ignorou o papel das políticas económicas na alteração dos condicionalismos do mercado, apostando de forma quase cega no seu funcionamento e numa suposta tendência para o equilíbrio, abandonando as empresas aos ciclos económicos, o Governo do PS introduziu novas opções que ofereceram às empresas as condições certas para produzirem mais e criarem mais emprego”.
Segundo Carlos Pereira, “sem a implementação de uma política económica virada para promover a produtividade e competitividade das empresas, assim como a aplicação de medidas anti cíclicas, muito dificilmente os resultados macroeconómicos – seja de crescimento do produto, seja de controle do défice, seja ainda de criação de emprego – teriam tido a expressão que hoje conhecemos”.
“Foi o crescimento do produto que permitiu os ganhos no défice, a enorme redução do desemprego, mas também uma melhor e mais justa política de distribuição de rendimentos”, asseverou. No entanto, o vice-presidente da bancada socialista não deixou de sublinhar “que sem a resposta positiva e determinada dos empresários portugueses ao choque das novas políticas, os resultados não poderiam ser tão expressivos”.
Carlos Pereira congratulou-se por o Executivo socialista ter “arregaçado as mangas” e ter introduzido, desde o início, políticas para as empresas “sem hesitações”. “Capitalizar as empresas é hoje um dos aspetos que mais mobiliza os esforços deste Governo de forma a estancar a sangria do tecido produtivo que se gerou entre 2011 e 2015”, indicou.
Executivo promoveu importância da indústria
O parlamentar do PS também considerou fundamental o reforço da “inovação como elemento crítico para o aumento da produtividade”, que o Governo fez. “Entre várias medidas, foram aproveitados os centros tecnológicos espalhados pelo país de modo a transferir o conhecimento, gerando ganhos económicos”, lembrou.
Ao mesmo tempo, o Executivo “promoveu a importância da indústria, sobretudo no seu papel para as exportações, introduzindo a digitalização da economia e recolocando a indústria portuguesa na linha da frente”, explicou.
Devido às políticas do Governo do PS, apoiado pelos partidos da esquerda, o país obteve, ao longo desta legislatura, “os maiores crescimentos do PIB, o défice mais baixo da história moderna portuguesa, os maiores crescimentos do investimento privado, o maior valor das exportações e, não menos importante, significativos e expressivos aumentos de emprego”, recordou.
Direita insiste em meter “cabeça na areia”
Carlos Pereira aproveitou o debate para criticar os líderes do PSD e do CDS-PP: “Já vamos com dois novos líderes na direita portuguesa [Rui Rio e Assunção Cristas], mas pouco ou nada mudou e nada de novo foi trazido para o debate político”.
“Os factos e a realidade desmentem as acusações sistemáticas, mas PSD e CDS persistem em meter a cabeça na areia e em procurar o cisne negro que lhes dê uma razão impactante para o seu velho e cansado discurso”, atacou.
O deputado garantiu que o Partido Socialista chegou ao debate sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano “com a certeza que é preciso manter as políticas públicas que assegurem o ambiente empresarial, que permita a manutenção do crescimento económico, o crescimento do emprego e contribua para a redução do défice sem colocar em causa a justa distribuição de rendimentos e a política social”.