Governo disponibiliza 600 milhões para empresas exportadoras
O ministro da Economia garantiu ontem em Fátima, durante os trabalhos do Congresso Internacional de Turismo Religioso e Peregrinação, que o Governo vai disponibilizar 600 milhões de euros para apoiar as empresas que estejam a trabalhar no mercado global e que precisem de um “financiamento adequado e rápido” para poderem enfrentar o aumento da procura dos seus produtos.
Segundo Manuel Caldeira Cabral, o objetivo deste novo incentivo do Governo é proporcionar às empresas que estejam já a exportar e a crescer no sector, um reforço de capital, proporcionando-lhes assim uma “alavanca financeira” para não ficarem limitadas no seu crescimento.
Segundo o governante, trata-se de uma linha de crédito que vai possibilitar que as empresas possam adquirir com menos constrangimentos financeiros as matérias-primas de que necessitam para poderem aumentar as suas produções, possam também fazer “mais investimento” e criar mais postos de trabalho, gerando assim, como sustentou o ministro da Economia, “mais valor para Portugal”.
Manuel Caldeira Cabral fez contudo questão de esclarecer a diferença que existe entre o programa Capitalizar, criado para ajudar à sustentabilidade da tesouraria das empresas que estão a investir e a crescer, e a nova linha de crédito de 600 milhões de euros, agora anunciada, que nasce não só com o objetivo de apoiar as empresas que “precisem de financiar o aumento da sua atividade”, como se destina igualmente a apoiar a inovação, defendendo a este propósito que é “pela melhoria da qualidade e da capacidade tecnológica” que as empresas portuguesas competem no mundo e se podem tornam cada vez mais competitivas.
Portugal exporta mais
A ocasião serviu ainda para o ministro da Economia anunciar que as exportações portuguesas estão a registar índices de crescimento dos mais altos da década, garantindo que o objetivo do Governo se mantém desde o primeiro dia, de que as exportações possam atingir, no mais curto espaço de tempo, 50% do PIB.
Na opinião do Governo, acrescentou ainda Manuel Caldeira Cabral, o crescimento que hoje se verifica das exportações, designadamente no turismo, nos produtos metálicos, no agroalimentar, nas máquinas e aparelhos e no sector automóvel, resulta, não só da “vitalidade da economia portuguesa”, mas também, como acrescentou, da “capacidade instalada nas empresas”, que assumem hoje um papel bastante mais competitivo ao nível do mercado global.