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Governo de gestão seria a pior das soluções para o país

Governo de gestão seria a pior das soluções para o país

Seria um erro que o Presidente da República viesse a optar por um Governo de gestão. Um equívoco que os portugueses em breve pagariam muito caro, defendeu ontem António Costa na entrevista que concedeu à RTP, sustentando que manter o atual clima de incerteza não ajuda a estabilizar e a credibilizar o país.

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Governo de gestão seria a pior das soluções para o país

Numa altura em que ainda se aguarda pela decisão de Cavaco Silva, António Costa foi à RTP defender que “não há nenhuma razão” para que o Presidente da República opte por uma solução de Governo de gestão, o que seria um “erro muito grande”, quando há uma boa solução governativa com suporte maioritário na Assembleia da República.

António Costa lembra que Passos Coelho não foi capaz de encontrar uma solução maioritária, restando-lhe agora “conformar-se” com a solução governativa apresentada pelo PS com o apoio dos partidos à sua esquerda, destacando que o atual quadro parlamentar não resulta de “nenhum golpe de Estado”, mas do voto expresso democraticamente pelos portugueses, sustentando não haver nenhum razão para “crises políticas artificiais”.

Lamentou que o ainda primeiro-ministro e a sua ministra das Finanças tenham optado por entrar numa controversa dialética ao usar “palavras incendiárias” sobre o estado do país, sublinhando várias vezes na entrevista que não “faltam razões ao Presidente da República para dar posse a um Governo do PS”.

Reiterou a “coerência e a consistência” do programa de Governo socialista, um projeto que garante “contributos coerentes”, permanecendo “compatível” com os compromissos internacionais de Portugal, quer em relação às questões da defesa, quer quanto à União Europeia e às regras de participação do país na zona euro. 

Reconhecendo que o Presidente da República “é dono” do seu calendário, António Costa não deixou contudo de lembrar que estão reunidas as condições para o PS executar o seu programa com “estabilidade e na perspetiva da legislatura”.