Governo consolida investimento na segurança
No âmbito da cerimónia comemorativa dos 140 anos do Comando Regional da Madeira da PSP, que teve lugar ontem, no Funchal, o ministro Eduardo Cabrita referiu que “2018 é o primeiro ano de execução dessa lei em ritmo de cruzeiro”, referindo-se à Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos, aprovada no final de 2016.
No seu discurso, o governante salientou que estão a decorrer os projetos para melhoramentos nas esquadras da Ponta do Sol, Santa Cruz, Machico, Calheta e nas instalações do próprio Comando Regional da Madeira da PSP.
“A partir do próximo mês, teremos finalmente condições para, no âmbito do concurso plurianual, fazer chegar à PSP algumas centenas de novas viaturas, algumas também para Região Autónoma da Madeira”, disse o ministro referindo-se ao investimento na PSP a nível nacional.
Eduardo Cabrita destacou também o “investimento em tecnologias e equipamentos de proteção individual, como coletes de proteção balística e outros equipamentos, e na aquisição de novos rádios, que terá também impacto na região”.
Sublinhando que a Madeira sempre registou indicadores de criminalidade inferiores aos nacionais, o ministro destacou a redução de 13% verificada no primeiro semestre do ano, nos casos de violência doméstica, o que constitui um indicador muito positivo na região com elevado número destes crimes, disse Eduardo Cabrita.
O ministro recordou, ainda, que “está em curso o descongelamento de carreiras, o que vai permitir a progressão de 15 mil agentes da Polícia de Segurança Pública”, disse.
O ministro da Administração Interna salientou a importância da segurança como fator de competitividade e de captação de investimento, sobretudo no turismo, um setor economicamente importante para a região e o país.
Melhorar a vigilância costeira
“A Madeira vai alargar o sistema de vigilância e controlo costeiro num investimento que tem um custo previsto de 1,5 milhões de euros”, anunciou o ministro Eduardo Cabrita no Caniçal.
O governante referiu ainda que o equipamento das quatro unidades que o arquipélago vai ter “é fundamental para a prevenção da segurança, do controlo de fronteiras externas da União, controlo aduaneiro, controlo de imigração ilegal e deteção de embarcações em dificuldades”.
Estas quatro unidades de vigilância vão permitir “verificar todas as embarcações entre o extremo da ilha da Madeira e Porto Santo”, sublinhou Eduardo Cabrita, acrescentando que o posto de observação móvel do sistema integrado de vigilância, comando e controlo da Guarda Nacional Republicana, na freguesia do Caniçal, “passará a ter uma natureza fixa” e “ficará ligado à rede nacional de controlo costeiro”, anunciou o ministro.
Eduardo Cabrita disse ainda na ocasião que o Governo vai começar a programar o alargamento aos Açores numa próxima fase, uma vez que o arquipélago ainda não é coberto por este sistema europeu de controlo costeiro.
Ministro elogia GNR
No âmbito da sua deslocação ao arquipélago, Eduardo Cabrita visitou também o Comando Regional da Guarda Nacional Republicana, onde destacou a importância do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR.
O ministro reconheceu e valorizou o papel importante que esta unidade especializada tem na busca e salvamento que atua nas zonas montanhosas, nomeadamente nas levadas (cursos de água da Madeira), e está preparada para intervenção no continente, em incêndios florestais.
Como referiu o governante, o GIPS da Madeira é uma unidade composta por onze elementos que está instalada no concelho do Machico.
“O País fez um grande esforço este ano, respondendo a necessidades de prioridade na área da proteção e socorro, passou em seis meses de 500 para cerca de 1050 efetivos no GIPS”, salientou Eduardo Cabrita.