Governo compreendeu a urgência para atuar na tragédia dos incêndios
Segundo revelou o presidente da bancada do PS, o partido quer que o “Governo seja exemplar na reparação necessária e que recupere a confianças das pessoas nas instituições políticas”. “Há muita gente aflita que temos de ajudar e há muita economia em perigo para recuperar, há também muito a fazer para prevenir o futuro”, defendeu.
Carlos César afirmou que do Conselho de Ministros extraordinário saíram “medidas com natureza diferente e com aplicação diferente no tempo”, inclusive com alcance imediato, como por exemplo na área da “reconstrução e do socorro às famílias e às empresas”, e outras de natureza procedimental, como “o processo de seleção dos quadros e dirigentes da Proteção Civil, que passará a ser por concurso”. Esta proposta provém do relatório da comissão técnica independente nomeada para analisar os fogos de junho na região Centro e “não é uma proposta do PSD”, clarificou.
O líder parlamentar do PS lembrou que também há “medidas estruturais que terão efeito muito mais tarde”.
É possível um consenso parlamentar
Carlos César defendeu que é possível alcançar um consenso parlamentar para as reformas a empreender nesta área, uma vez que “as reações às decisões do Governo, em geral, foram muito positivas”. No entanto, apontou que “algumas dessas decisões dependem exclusivamente do Governo, sem necessidade de um consenso mais amplo”.
Para o presidente da bancada do PS, o mais importante “é que se tenha um amplo consenso nacional quanto ao rumo a seguir, para evitar repetições com esta dimensão de tragédia” e terminou revelando que “o combate do PS não é resposta aos outros partidos, que até agora pouco mais fizeram do que acusações e aproveitamentos ilegítimos”.