Governo avança levantamento para aprovar apoios de imediato
Eduardo Cabrita adiantou que estão já a ser mobilizadas as estruturas dos ministérios da Agricultura e da Educação, bem como da Segurança Social e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) para se avançar com o levantamento dos prejuízos nos territórios afetado pela tempestade que atingiu no último fim de semana, sobretudo, a região Centro, com maior incidência nos distritos de Coimbra e de Leiria.
O levantamento, que vai ser feito com a coordenação da CCDRC, irá identificar os prejuízos em empresas, habitações, área agrícola e equipamentos municipais, precisou o governante, após uma reunião na Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra, manifestando a sua solidariedade “para com as pessoas mais diretamente afetadas”.
Eduardo Cabrita sublinhou a importância de se avançar com este trabalho preliminar “para que se possa já olhar para o dia seguinte”, estimando que por ocasião do próximo Conselho de Ministros possa já ser definido “o modelo de apoio que vá ser adotado”.
A prioridade do Governo, adiantou, será dada às casas sem condições de habitabilidade, a par de uma rápida reposição de vários serviços públicos afetados, nomeadamente escolas e estruturas de apoio a idosos.
O ministro da Administração Interna enalteceu ainda a resposta da operação da Proteção Civil face à intempérie que se abateu sobre a região, sublinhando o “grande empenho de todas as entidades”, quer da coordenação nacional, quer da cooperação com as estruturas distritais e municipais.
Apoio aos agricultores
Também o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, assegurou que os técnicos do Ministério estão já a proceder ao levantamento dos prejuízos nas explorações agrícolas dos territórios afetados, que reconheceu poderem ser de “alguma monta”, referindo a prontidão dos apoios.
“O Ministério da Agricultura dispõe de instrumentos de apoio aos agricultores, a chamada reposição do potencial produtivo. Ou seja, no caso das destruições que ocorreram nos armazéns, nas estufas, nas instalações agrícolas em geral, estamos em condições de dar um apoio como temos vindo a aplicar nos incêndios. Será de 100% a fundo perdido até aos 5.000 euros, de 85% até aos 50 mil, e 50% acima dos 50 mil até aos 800 mil euros”, especificou.
Capoulas Santos indicou ainda que o Governo está a preparar uma linha de crédito para as organizações de produtores que não são contempladas com aquele instrumento.