Governo foi célere e transparente perante a irresponsabilidade anterior
Em conferência de Imprensa, na sede nacional do Largo do Rato, Ana Catarina Mendes considerou que a solução adotada ontem pelo Governo sobre o Banif é a que “melhor assegura a posição dos depositantes, famílias e empresas, salvaguardando a total proteção das suas poupanças”.
Uma solução que, frisou, “salvaguarda também o sistema financeiro, evitando a contaminação para outras instituições bancárias”.
Segundo a dirigente socialista, “a alternativa seria a liquidação do banco, com custos elevadíssimos para os trabalhadores e ainda mais elevada para os contribuintes. Esta solução é, de entre todas, a que menos custos acarreta”.
Ana Catarina Mendes sublinhou que o atual Governo, em funções há apenas três semanas, “atuou de forma célere e com total transparência, ao contrário do que aconteceu no passado recente”.
“O anterior Governo da direita já não está em funções, mas os portugueses continuam a pagar a fatura da sua irresponsabilidade”, acrescentou.
Para a Secretária-geral adjunta, é hoje claro que “as autoridades portuguesas geriram este processo não no interesse dos depositantes e dos contribuintes, mas com objetivos meramente eleitorais”.
Adiantando que “isso fica demonstrado pela carta da comissária europeia da Concorrência, hoje divulgada pela Comunicação Social, em que se refere que o problema do Banif tinha vindo a ser sucessivamente adiado por questões meramente políticas”.
Reforçar a supervisão do sistema financeiro e bancário
Esta situação, segundo Ana Catarina Mendes, “reforça a necessidade imperiosa de rever o quadro jurídico da supervisão do sistema financeiro e bancário, por forma a evitar as sistemáticas surpresas com que os portugueses têm vindo a ser confrontados”.
O PS “sublinha que a solução encontrada não agrava as contas do défice orçamental do Estado relevante para o cumprimento das metas europeias, mantendo-se assim intactos os compromissos do PS para iniciar uma trajetória de recuperação dos rendimentos dos portugueses”.
Neste quadro, defendeu a dirigente socialista, “torna-se obviamente necessária a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para que se apure de forma cabal a responsabilidade dos vários intervenientes na situação a que chegou o banco”.