Governo apresenta novas medidas de dinamização do interior I
Segundo a secretária de Estado das Comunidades, o Governo vai levar no próximo mês de dezembro a Viseu, ao 4ª Encontro de Investidores da Diáspora, um conjunto de novas políticas, sendo que “algumas já estão no terreno”, como garantiu Berta Nunes, enquanto que outras “são políticas novas” todas, como aludiu, com o objetivo de “concorrer para que o interior seja um território cada vez com mais oportunidades”.
A governante, que falava na cerimónia de assinatura de um protocolo entre a secretaria de Estado das Comunidades, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, reconheceu que o debate que está neste momento em cima da mesa passa, em grande medida, pela “valorização dos territórios de baixa densidade”, salientando, contudo, que se trata de um debate que “já devia ter sido feito há algumas décadas”, lembrando a propósito que este “movimento de despovoamento vem do século passado e que nunca parou”.
Segundo a governante, as regiões do interior do país têm vindo a debater-se nas últimas décadas com um grave fenómeno de despovoamento que as arrastou para uma “situação debilitada”, importando, por isso, como defendeu a secretária de Estado, inverter o presente cenário avançando desde já com “novas políticas que sejam capazes de inverter a atual situação de despovoamento”.
Neste sentido, como garantiu Berta Nunes, as políticas de combate ao despovoamento, fruto do trabalho conjunto “com outras secretarias de Estado, autarquias e com o Ministério da Coesão Territorial”, são uma “prioridade” do Governo do PS, que visam não só inverter o problema do despovoamento, mas também criar “novas oportunidades de negócio e de investimento nos territórios de baixa densidade”.
Para a governante, é preciso que novos investimentos sejam canalizados para o interior do país, permitindo que novos produtos possam aí ser desenvolvidos, deixando essas regiões de produzir apenas produtos destinados “ao mercado da saudade”, mas também para um “mercado em que os emigrantes dão a conhecer os produtos das suas regiões”.