Governar para o Futuro
No plano político destacam-se duas conquistas fundamentais. Em primeiro lugar o arco da governação foi alargado a todo o espetro partidário com representação parlamentar, dando mais profundidade e riqueza ao processo democrático, envolvendo Partidos antes acantonados como movimentos de protesto, na formulação e na concretização das políticas. Em segundo lugar, no plano europeu, o modelo governação que foi capaz de combinar o honrar dos compromissos com o tratado orçamental, com a sensibilidade social, o crescimento e o emprego, ajudou sobremaneira a confrontar o pensamento único pró-austeridade que durante alguns anos dominou sozinho e a seu belo prazer as instituições europeias.
No plano económico e social os resultados conseguidos são extremamente impressivos. A economia voltou a crescer, a criar emprego e a financiar-se a taxas de juro sustentáveis, o desemprego atingiu mínimos relativos, o investimento privado recuperou, foi possível atrair mais empresas de fronteira tecnológica e o empreendedorismo tornou-se uma imagem de marca do País. A recuperação da economia criou condições para repor rendimentos e colmatar injustiças cometidas pelo governo anterior, gerando um ciclo positivo de esperança e de confiança.
Uma economia revigorada criou condições para aplicar políticas sociais mais robustas. Dois anos passados, e não obstante os momentos difíceis que também viveu, o governo pode ter orgulho do trabalho feito, mas deve sobretudo encontrar naquilo que obteve uma motivação acrescida para governar para o futuro, criando melhores condições de vida para todos os portugueses.
É a sustentabilidade económica e financeira que viabiliza as políticas sociais fortes. O voluntarismo social sem sustentação pode deitar tudo a perder. Estes dois anos de governo não enganam quanto ao caminho a prosseguir e quanto aos erros a não cometer.