Futuro do projeto europeu exige forte união de todos os estados-membros
O projeto europeu, segundo António Costa, só obterá verdadeiros resultados, se todos os Estados-membros “se mantiverem unidos”, sublinhando que Portugal, pelo seu lado, valoriza, sobretudo, “a consciência” de que só uma forte união entre todos possibilita “alcançar os melhores resultados”.
Para o primeiro-ministro português, o Livro Branco sobre o futuro da Europa, que foi ontem apresentado no Parlamento Europeu pelo presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, é “um contributo útil para o processo de definição do futuro da União Europeia”, sustentando António Costa que, no atual momento, “em que se impõe a tomada de decisões para confrontar os desafios da Europa”, é positivo que os chefes de Estado e de Governo “disponham de um diagnóstico claro da situação atual e de cenários possíveis sobre a evolução da União Europeia até 2025”.
Para António Costa, o Livro Branco sobre a Europa é um documento importante que deve marcar o início de um processo que, em sua opinião, deve ser “completado até ao final do ano” com uma série de outros documentos de reflexão, dos quais destacou, designadamente, o desenvolvimento da dimensão social da Europa e o aprofundamento da União Económica e Monetária (UEM), com base no “Relatório dos Cinco Presidentes’” de junho de 2015.
Garantindo que Portugal apoia a iniciativa anunciada pelo presidente da Comissão Europeia, e que não deixará de acompanhar e de “participar ativamente” nesse debate, sustentando, contudo, António Costa que a discussão não se deve restringir apenas a um debate no seio do Conselho Europeu ou das restantes instâncias da União Europeia, mas alargar-se também ao nível dos cidadãos, sustentando que é através da promoção de debates, em várias cidades e regiões, que o projeto europeu se pode enriquecer e consolidar.
Neste sentido, o primeiro-ministro garantiu que Portugal continuará a disponibilizar-se para participar em todas as discussões que envolvam o futuro da União Europeia, observando aliás, como fez questão de acentuar, o padrão que “tem vindo a prosseguir desde a cimeira de Bratislava”, ou da organização do seminário de alto nível e conferência pública sobre “Consolidar o euro, promover a convergência”, lembrando a propósito o contributo português na elaboração sobre a mesma questão para o texto da Declaração de Roma, “que foi entregue ao primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni”.