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Fundos comunitários disponibilizam pacote adicional de 300 milhões de euros para o Algarve

Fundos comunitários disponibilizam pacote adicional de 300 milhões de euros para o Algarve

O Algarve vai receber durante a próxima década um “pacote adicional de 300 milhões de euros” de fundos europeus, anunciou ontem em Faro a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

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Fundos comunitários disponibilizam pacote adicional de 300 milhões de euros para o Algarve

Falando à margem do lançamento da obra do Polo Tecnológico, um projeto acelerador de empresas promovido pela Universidade do Algarve, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, depois de anunciar que a região foi contemplada pela “solidariedade europeia”, no âmbito do próximo Quadro Financeiro Plurianual e do Fundo de Recuperação, com um novo pacote adicional de fundos europeus de 300 milhões de euros a serem distribuídas ao longo da próxima década. Uma boa notícia para a região, como acentuou a governante, lembrando que se trata, contudo, de um novo pacote que, “tal como os anteriores”, vai igualmente exigir uma “acrescida responsabilidade” por parte dos decisores políticos, “obrigando-os a fazer as escolhas certas”.

De acordo com a ministra Ana Abrunhosa, vai agora ser preciso apresentar junto das instâncias europeias um programa com “objetivos e indicadores”, uma espécie de “contrato-programa”, como referiu, de onde resulte, dentro de dez anos, um “Algarve mais resiliente, com empresas mais inovadoras e com trabalho mais qualificado”, apelando para que todos os decisores políticos e os empresários da região se “empenhem no desenho desta estratégia”.

Recordando que o Algarve foi das regiões do país “que mais sofreu” com a pandemia de Covid-19, Ana Abrunhosa sustentou que não há lugar ao medo quando for o tempo de “prestar contas, definir objetivos e de apontar metas a atingir”, lembrando que nada se fará sem escolhas. “Algumas serão certamente muito diferentes das que se fizeram no passado”, assumindo a ministra da Coesão Territorial que o foco terá de se concentrar na aposta em atividades económicas que “já têm semente na região”, dando os exemplos do sector da saúde, das áreas que trabalham no envelhecimento ativo e saudável, mas também nas energias, nas tecnologias e na economia do mar, sem esquecer igualmente a aposta que se terá também de fazer na “resolução de carências em áreas como a mobilidade e a habitação”.

Para que tudo isto possa resultar de uma forma mais sustentada, ainda segundo a ministra, faz todo o sentido que se tenha avançado com a construção deste polo tecnológico, que deverá estar concluído antes do final de 2021. Trata-se de uma estrutura orçada em 6,6 milhões de euros, com financiamento comunitário na ordem dos 70%, que será instalado num edifício reabilitado no campus da Penha e onde funcionará um acelerador de empresas albergando 300 a 350 pessoas altamente qualificadas e de que fará ainda parte um centro de simulação clínica a instalar no campus de Gambelas, em Faro. Na avaliação da ministra, este é um equipamento que no seu conjunto, para além de ser “um bom exemplo” de aplicação de fundos europeus, “marca a diferença” ao promover a “transferência e a criação de conhecimento”.