Fundadora do PS e defensora da liberdade
Na nota de pesar, o PS e o seu Secretário-geral lembram o combate pela democracia perante a ditadura, ao lado do seu marido, Mário Soares, a sua firmeza e resistência de “antes quebrar do que torcer”, atitude que sempre manteve até ao fim da sua vida, “nas mais diversas funções, com uma sempre muito respeitada intervenção política e social em diferentes domínios”.
Maria Barroso refere o comunicado de pesar do PS e do seu Secretário-geral, António Costa, foi sempre uma voz ativa em defesa dos valores da democracia e da solidariedade, “incansável na defesa dos mais desfavorecidos e no combate à exclusão social”.
O país diz ainda o PS, sempre a admirou Maria Barroso, porque viu nela uma mulher de combate com uma atividade incansável em prol das suas ideias e convicções.
Com a morte de Maria Barroso, diz o Partido Socialista e o seu Secretário-geral, António Costa, “perde uma sua grande referência, uma militante notável e sempre empenhada. Portugal perde uma cidadã excecional”.
Uma mulher de combate, com uma atividade incansável em prol dos seus ideais e das suas convicções. Cedo começou a demonstrar essa atitude indomável perante a vida ao abandonar uma carreira onde já era reconhecida como uma das melhores atrizes portuguesas para partilhar o combate pela democracia com Mário Soares.
Antes do 25 de abril de 1974, Maria Barroso foi candidata da oposição democrática, nas eleições de 1969, tendo ao longo da ditadura salazarista uma forte participação política. Ficaram para a memória as sessões da oposição onde ao longo dos anos declamava poemas com forte mensagem política e de denúncia da falta de liberdade.
O seu empenhamento político leva-a com naturalidade a ser uma das fundadoras do PS em Bad Munstereifel, na então República Federal Alemã, em abril de 1973, ao lado de Mário Soares, primeiro Secretário-geral do PS. Com a democracia, foi eleita deputada pelo PS nas eleições de 1976, 1979,1980 e 1983.