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Foi a estabilidade política que permitiu “ter mais e melhor emprego, crescimento e redução das desigualdades”

Foi a estabilidade política que permitiu “ter mais e melhor emprego, crescimento e redução das desigualdades”

No almoço promovido pela Confederação do Comércio e Serviços, que teve lugar esta quinta-feira, em Lisboa, o primeiro-ministro e líder socialista, António Costa, apontou “a estabilidade política e recuperação da credibilidade internacional do país” como “condições fundamentais para Portugal ter mais e melhor emprego, crescimento e redução das desigualdades".

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Foi a estabilidade política que permitiu “ter mais e melhor emprego, crescimento e redução das desigualdades”

O líder do Governo alertou para os riscos que a instabilidade acarreta para a economia, investimento e emprego, indicando o exemplo do nosso país vizinho.

“As condições de ingovernabilidade em muitos países europeus – veja-se o caso de Espanha aqui ao lado – deve levar muitas pessoas a pensarem sobre a importância da estabilidade política para se conseguir o sucesso das medidas para o desenvolvimento da economia, para a captação de investimento, para a criação de emprego”, disse António Costa.

Perante cerca de uma centena de empresários, o chefe do Executivo sublinhou que as condições de estabilidade política criadas pelo Partido Socialista permitiram que “entre 2015 e o momento presente deixássemos de pagar menos de dois mil milhões de euros por ano para pagar o serviço da dívida”.

“E, esses recursos podem ser direcionados para outras prioridades. Além de que as melhores condições de financiamento do país são decisivas na atração de investimento, nacional e estrangeiro”, disse.

Segundo António Costa, “o que mais contribuiu para o crescimento da economia foi o investimento das empresas e o aumento das exportações, com ganho de quota de mercado nos mercados internacionais”, sublinhou, acrescentando que “esta é uma nova realidade da nossa economia”.

“Há cerca de onze anos, as exportações representavam cerca de 28% da produção nacional. Hoje, já pesam 44% da nossa economia. E chegar ao objetivo de atingir um nível de 50% de exportações face ao PIB dentro de poucos anos poderia parecer inatingível, mas é perfeitamente concretizável”, garantiu o também Secretário-geral do PS.

Mais emprego; mais receita fiscal

No encontro, o primeiro-ministro salientou que “a receita tem subido sem ter havido aumento de impostos”.

“As receitas do IVA subiram, mesmo depois de termos reduzido a taxa de IVA para a restauração, sobre os espetáculos culturais e sobre os instrumentos musicais. Houve aumento das receitas do IRC apesar da eliminação do PEC [Pagamento Especial por Conta] e da coleta mínima no regime simplificado”, avançou António Costa.

O líder socialista referiu que o aumento das receitas da Segurança Social se deveu ao facto de haver “mais 350 mil empregados” e ao aumento dos rendimentos das famílias.

“Segundo os últimos dados, estamos neste momento com um aumento de 8,5% nas receitas da Segurança Social [face ao período homólogo], porque temos mais 350 mil empregados e porque, felizmente os salários também têm vindo a aumentar”.

“Nestes quatro anos, prolongámos em 22 anos a longevidade do sistema de Segurança Social, o período em não iremos necessitar de recorrer às verbas do Fundo de Estabilidade, cujas verbas foram elevadas para cerca de 20 mil milhões de euros. Aliás, a última transferência para este fundo foi feita em agosto e deve ter elevado as reservas do fundo para mais de 20 mil milhões de euros e já devemos estar bem acima desse nível de longevidade de 22 anos”, afirmou António Costa.