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FMI prevê recaída da economia

FMI prevê recaída da economia

O último relatório do FMI – o segundo pós-troica prevê que, depois de um pico de crescimento este ano, que considerou conjuntural, a economia portuguesa tenha uma recaída a seguir a 2015.

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FMI prevê recaída da economia

Numa reação ao documento da instituição financeira, o deputado e dirigente socialista João Galamba sublinha que “o FMI diz que a desvalorização do euro, o colapso do preço do petróleo e taxas de juro anormalmente baixas justificam melhoria das perspetivas para a economia europeia, ou seja, tudo fatores externos à ação do Governo”.

Acrescentando que “se a isso juntarmos a devolução de pensões e de parte dos salários decretados pelo Tribunal Constitucional rapidamente concluímos que todas as boas notícias de 2015 existem apesar da estratégia do Governo, nunca por sua causa”.

Num comunicado de cinco páginas, o FMI exorta o Governo a aproveitar a atual conjuntura macroeconómica favorável que está a ser oferecida pelas medidas tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela descida dos preços do petróleo . “Uma confluência de fatores externos positivos – uma taxa de câmbio mais favorável do euro, um ambiente de política monetária altamente acomodatício e a descida dos preços do petróleo – proporciona uma excelente janela de oportunidades”.

Nesta avaliação, o Fundo mantém as críticas ao Governo por não terem sido adotadas todas as medidas relativas à redução dos custos da energia e dos custos das infraestruturas de transportes, especialmente nos portos”.

Trata-se ainda de um relatório que continua a insistir na necessidade do Governo continuar a aprofundar ainda mais as reformas estruturais preconizadas pela troica e que nos levaram a um empobrecimento generalizado sem mudar a natureza da nossa economia.

Um relatório que no fundo vem confirmar as críticas que o PS sempre fez à receita da troica e do Governo, já que o documento aponta para uma quebra da nossa economia nos próximos anos logo que acabem os efeitos da atual conjuntura.

PIB vai crescer 1,6% este ano, mas mérito é da conjuntura internacional. Défice de 2,7% prometido pelo Governo só vai ser atingido em 2016

“Todas as boas notícias de 2015 existem apesar da estratégia do Governo, nunca por sua causa”
João Galamba