Ferrovia 2020 atinge 40% de execução
“O Ferrovia 2020 tem cerca de 40% das suas obras em fase de execução”, o que irá permitir que no “fim do programa tenhamos (…) dois mil milhões de euros de investimento realizado”, afirmou, ontem, o ministro Pedro Marques.
As declarações do governante foram proferidas em Redondo, distrito de Évora, onde decorreu a cerimónia de adjudicação da empreitada para a construção do novo troço ferroviário Évora Norte/Freixo, a qual está inserida no Corredor Internacional Sul.
Com esta adjudicação “demos mais um passo decisivo para a concretização do Ferrovia 2020, o plano ambicioso com que estamos a pôr ponto final a décadas de desinvestimento nos caminhos-de-ferro”, sublinhou.
O novo troço ferroviário Évora Norte/Freixo constitui “um excelente exemplo de investimento público ao serviço da mobilidade dos portugueses e da competitividade das nossas empresas e da nossa economia”, considera o governante.
Para Pedro Marques, o investimento público na ferrovia é “a grande prioridade no atual ciclo de investimentos em infraestruturas”, pelo que, “em 2018, aumentámos 80% o investimento público em ferrovia, relativamente ao ano anterior” e o volume de investimento vai ainda aumentar “neste e nos próximos anos”, o que significa que o Ferrovia 2020 é um “programa de grande ambição e investimento”.
FERROVIA 2020
O programa Ferrovia 2020 irá permitir intervencionar mais de 1000 quilómetros de linha férrea, através de um investimento de cerca de 2 mil milhões de euros.
O Ferrovia 2020, apresentado pelo Governo em fevereiro de 2016, estabeleceu um conjunto de prioridades, as quais foram identificadas por um conjunto alargado de partes interessadas, nomeadamente:
- Compromissos internacionais, incluindo os bilaterais com Espanha e os que resultam do Corredor Atlântico;
- Fomento do transporte de mercadorias e em particular das exportações;
- Articulação entre os portos nacionais e as principais fronteiras terrestres com Espanha.
No sentido de concretizar estes objetivos, o programa conta com um pacote financeiro composto por fundos comunitários do Programa Connecting Europe Facility (CEF), quer na componente Geral (30 a 50% de comparticipação), quer na componente Coesão (85% de comparticipação) e do Programa Portugal 2020 (85% de comparticipação), desenvolvimento regional e fundos de coesão, ambos sob gestão nacional, a que se poderá acrescentar o Plano Juncker e o contributo direto do orçamento da Infraestruturas de Portugal.