Ferro Rodrigues recorda Mário Soares: “esteve sempre do lado certo”
“Hoje, três anos volvidos sobre o seu desaparecimento, é com o mesmo sentimento de saudade que recordamos Mário Soares, e a sua vida de militância desinteressada pela democracia, por Portugal e pelos portugueses, orientada por valores humanistas e princípios éticos e políticos que nunca abandonou, até ao último dos seus dias”, considerou Ferro Rodrigues, que falava na Biblioteca Passos Manuel, na Assembleia da República, na apresentação do livro ‘Mário Soares o la lucha pela democracia’, uma tradução para castelhano da autoria de Martha Esperanza Ramos de Echandia, a partir da autobiografia ‘Um político assume-se’.
O presidente da Assembleia da República recordou quando Martha Esperanza lhe disse “há uns anos” que a autobiografia de Mário Soares podia dar “um grande filme”.
“O filme de uma vida de que Mário Soares foi autor e protagonista. Uma vida que mudou a nossa vida coletiva – o que só está ao alcance de poucos, dos grandes, como grande era Mário Soares. Mário Soares foi um desses raros homens capazes de mudar as nossas vidas”, assegurou perante uma plateia em que estavam presentes os ministros da Cultura, Graça Fonseca, da Justiça, Francisca Van Dunem, da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, e do Mar, Ricardo Serrão Santos, bem como dezenas de deputados socialistas, entre os quais Edite Estrela, Sérgio Sousa Pinto, Marcos Perestrelo, Porfírio Silva ou Jorge Lacão.
Ferro Rodrigues frisou que o Portugal de hoje “é o país com que Mário Soares sonhou, um Portugal democrático, europeu e aberto ao mundo”. Por todos estes motivos, o fundador do PS e antigo “excecional Presidente da República de todos os portugueses” faz falta ao país, defendeu o socialista.
“Mário Soares esteve sempre do lado certo. Aquilo que muitas vezes achámos que eram oscilações táticas, era afinal a coerência de uma vida”, acrescentou.