Fazer o que falta fazer em Oeiras
Dando como exemplo a obra feita em todo o país pelo Executivo socialista, António Costa não deixou de reconhecer que Oeiras é “um município de excelência”.
Na intervenção que proferiu no Palácio Marquês de Pombal, o líder do PS destacou os elevados índices do município de Oeiras em termos de qualificações e de qualidade de vida, e também no que respeita a qualidade de infraestruturas e de tecido empresarial.
“Mas é preciso fazer o que falta fazer em Oeiras”, afirmou, num discurso em que apresentou Joaquim Raposo como um autarca “com provas dadas” pelo que fez enquanto edil na Amadora.
No seu discurso, o Secretário-geral do PS procurou também deixar a mensagem de que as candidaturas que disputam a vitória a Joaquim Raposo estão esgotadas ao fim de vários mandatos autárquicos consecutivos.
“Joaquim Raposo candidatou-se a presidente da Câmara da Amadora numa altura em que se considerava quase impossível o PS ganhar naquele concelho. Mas Joaquim Raposo provou que não há impossíveis e assegurou para o PS uma vitória em que poucos acreditavam”, declarou António Costa.
Por sua vez, o candidato socialista à presidência da Câmara de Oeiras disse que vai disputar a liderança do concelho “pelas pessoas” e não contra ninguém, pretendendo “fazer o que ainda não foi feito” na mobilidade e habitação.
“Sei que muitos poderão questionar-se sobre o que move a abraçar este novo desafio, mas “dúvidas não tenham: é pelas pessoas que aqui estou, é por causa das pessoas”, afirmou o candidato, sublinhando que vai “lutar por Oeiras, por todos os que aqui vivem e trabalham, e fazer em Oeiras o que ainda não foi feito”.
Prioridade para mobilidade e habitação
Numa referência à realidade de Oeiras, Joaquim Raposo disse ser um concelho onde persistem problemas em áreas como o trânsito e a economia.
No que toca à mobilidade, falou numa “verdadeira revolução”, através de medidas como novos acessos que potenciam e aproveitam vias existentes, na aposta da qualificação e valorização de interfaces de transportes, na introdução do metropolitano à superfície, na criação de uma via para transportes públicos na A5, na ligação ao Metro de Lisboa e à linha ferroviária de Sintra, na criação de mais lugares de estacionamento e ainda na construção de 96 quilómetros de ciclovias e circuitos pedonais em todo o concelho.
Relativamente à habitação, reconheceu ser difícil o “aparecimento de ofertas a preços razoáveis”, razão pela qual pretende instituir uma bolsa de arrendamento municipal, um sistema de rendas apoiadas, “especialmente para jovens famílias”, e ainda programas de habitação a custos controlados.
O candidato anunciou também que pretende criar uma política fiscal “mais atrativa e amiga das pessoas”, reduzindo o IMI e o IRS e isentando os novos empresários do pagamento da derrama.
Comprometeu-se, por último, a implementar medidas dirigidas à terceira idade, crianças e jovens, porque, rematou, “Oeiras precisa de todos”.