Favorecer o investimento para criar emprego qualificado
António Costa afirmou que o Estado não pode substituir-se aos empreendedores, mas que pode e vai ajudar a criar melhores condições para favorecer o financiamento.
Falando para uma plateia onde predominavam muitos investidores estrangeiros, o chefe do Governo assumiu que um dos grandes objetivos é que Portugal possa ser em breve um dos países europeus mais “acolhedores e amigos” do empreendedorismo, considerando ser este sector de especial relevância, quer para o fortalecimento da economia, quer para a criação de emprego de “melhor qualidade e mais qualificado”.
Para o primeiro-ministro, o papel do Estado não é substituir-se aos empreendedores, devendo ser estes a “ampliar” o peso das empresas inovadoras, garantindo que da parte do Governo “existe a vontade” de proporcionar melhores condições para desbloquear os problemas que se coloquem ao desenvolvimento das startup.
Portugal, na opinião do primeiro-ministro, tem de responder rapidamente à sangria de milhares de jovens qualificados que emigraram nos últimos anos, provocada e incentivada pela anterior maioria de direita, assumindo que também no capítulo do emprego as empresas startup podem representar uma mais-valia estruturalmente significativa, respondendo assim à “ambição da nova geração” que quer viver e trabalhar no país.
Para António Costa a receita é simples: as novas empresas tecnologicamente avançadas, onde predomina o empreendedorismo, têm de desempenhar um papel de grande dinamização na economia, trabalhando “afincadamente na sua internacionalização”, contribuindo assim “também com a ativa participação do Governo”, designadamente com a introdução de um programa Simplex “ainda mais Simplex” que o vocacionado para as demais empresas, para a criação em Portugal de uma “grande rede incubadora” que dê escala a este setor.
António Costa garantiu ainda que pela parte do Governo haverá, para além de “melhores condições para favorecer o financiamento”, facilitação de vistos para investidores, um relacionamento mais simples com a Autoridade Tributária, tudo em nome, como referiu, da criação de “melhores condições para a criação de empresas”.