“Façam a mudança, ganhem as eleições, corram com eles!”
Na sua intervenção, o Secretário-geral do PS afirmou que o atual Governo “ficará na história” como o primeiro a sair de funções com um Produto Interno Bruto (PIB) inferior ao que se registava quando tomou posse.
“O que as pessoas nos pedem desesperadamente é: façam a mudança, ganhem as eleições, deitem-nos abaixo, corram com eles… e várias variantes do que se faz a um coelho”, disse, arrancando sorrisos na sala.
António Costa voltou a apelar ao voto no PS que “vale por dois”. Ou seja, explicou, para fazer sair a coligação do Governo e eleger um Executivo que governe e não fique “sujeito a jogos políticos”.
Segundo lembrou o líder socialista, “esta coligação de direita dividiu permanentemente os portugueses e procurou pôr-nos a todos em confronto – os continentais contra as autonomias, os cidadãos contra os funcionários públicos, os professores, os médicos, os enfermeiros, gerou o conflito entre gerações, querendo alimentar esta ideia de que defender as pensões dos atuais pensionistas era sacrificar o futuro das novas gerações”.
Governo revelou desprezo pelo sofrimento
Agora, defendeu António Costa, é preciso “unir os portugueses”, o que, na sua opinião, não é possível com os “radicais” que quiseram tomar medidas além das que foram impostas pela troica.
O líder socialista sublinhou que a palavra “futuro” tem estado ausente do vocabulário político, já que, acrescentou, a coligação de direita nunca fala do futuro e mantém os olhos postos no passado e na sua política de austeridade, com cortes nas pensões, aumentos de impostos e cortes nos vencimentos públicos, numa atitude de “desprezo pelo sofrimento humano”.
Por isso, segundo António Costa, PSD e CDS não são merecedores de confiança, depois de terem tentado tirar aos portugueses a ambição de serviços públicos justos e igualitários.
“Nós não nos resignamos, nós não nos conformamos com esta visão de que temos de ser pobrezinhos, sem educação, sem saúde, sem proteção social. Somos ambiciosos e queremos construir um futuro que devolva a esperança e a confiança”, sublinhou.