Extinção do Observatório da Emigração é lamentável
Em comunicado, o parlamentar socialista fala de “um ato de vingança e retaliação” levado a cabo poucos dias depois das eleições de 4 de outubro, responsabilizando o Executivo Passos/Portas pela decapitação de um “organismo fundamental para o conhecimento e a avaliação dos diversos aspetos relacionados com a emigração portuguesa”.
“Retirar o financiamento àquela que era praticamente a única instituição com conhecimentos na área da emigração é um golpe muito duro desferido por razões mesquinhas e que revelam opacidade no exercício da governação”, refere Paulo Pisco. No comunicado, o deputado sublinha que “o Governo demonstra assim que convive mal com a verdade e com a realidade, preferindo matar o mensageiro a que perpasse a ideia dos efeitos brutais que causaram as políticas de austeridade e a desvalorização do trabalho e dos rendimentos, que geraram uma emigração apenas comparável aos piores anos das décadas de sessenta e de setenta”.
Para Pisco, é “inaceitável” que o Governo tenha querido esconder a informação da opinião pública constante do Relatório da Emigração 2014 “por revelar os elevados fluxos migratórios, superiores a 110 mil saídas por ano”, revelando uma “atitude mesquinha” contra quem “apenas se limita a fazer o seu trabalho e a apresentar os resultados”.