José Luís Carneiro falava em Machico, no Fórum Autárquico do PS, onde esteve ladeado pelos candidatos às autarquias da Região, num momento particularmente emotivo onde foi respeitado um minuto de silêncio em memória de três socialistas distintos falecidos este ano – Emanuel Jardim Fernandes, o padre Martins Júnior e o ex-deputado José Manuel Coelho.
Na ocasião, o líder do PS afirmou que o poder é um serviço público e destacou que os candidatos do partido na Madeira estão “especialmente comprometidos” com um poder de proximidade, transparente, que presta contas e que não esquece que os recursos que são administrados são de todos.
José Luís Carneiro enalteceu a forma como os socialistas sempre se bateram por matérias decisivas, entre as quais a saúde, o que levou a que, finalmente – e graças ao Governo do PS – tenha avançado a construção do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, comparticipado em 50% pelo executivo nacional. “Isto mostra como estivemos comprometidos com o desenvolvimento desta Região”, evidenciou.
O Secretário-Geral socialista fez notar também o facto de as questões da habitação constituírem igualmente uma das preocupações dos autarcas socialistas, nomeadamente no que se refere a assegurar o acesso dos mais jovens e da classe média a este direito fundamental.
Manifestando confiança no trabalho e nos resultados dos candidatos socialistas, salientou que o PS tem “uma grande margem para crescer” e “para melhorar”. Para tal, referiu, é preciso conquistar a confiança das pessoas, com propostas políticas claras e construindo uma relação de credibilidade. “É esse esforço que está a ser feito pelos nossos autarcas. Onde nós temos responsabilidades nas câmaras municipais, é possível mostrar boas políticas de desenvolvimento”, com prioridades como a habitação, a saúde, a educação, a diversificação económica e o emprego qualificado.
“A qualidade da vida democrática é, para nós, um valor muito importante. Um autarca que cuide de prestar contas, de ter uma cultura de desempenho político com transparência, que garanta o envolvimento dos cidadãos nas escolhas públicas é uma garantia muito importante”, assinalou.
Salvaguarda da democracia começa no poder local
Por seu turno, o presidente do PS/Madeira alertou para a batalha importante que se avizinha na luta pela democracia e pela liberdade. Paulo Cafôfo afirmou que as conquistas do 25 de Abril estão postas em causa e que a salvaguarda da democracia começa na defesa do poder local, apelando à confiança nos projetos do PS nas eleições do próximo dia 12.
O líder dos socialistas madeirenses apontou os perigos do populismo na Região, quer do PPD, do JPP e do Chega, e salientou que o PS lidera a defesa dos valores e princípios.
Lembrando que, na República, há um Governo de direita que se alia ao Chega e que, na Madeira, “temos um PSD que procura deitar a mão a instituições locais”, advertiu que “não podemos deixar que isso aconteça e que a única forma de o fazer é votar no PS, o partido autonomista que luta pela liberdade e pela democracia”.
“O PS é o partido do povo e é para o povo que nós governamos”, reforçou Paulo Cafôfo.
Fazer mais e melhor pelas pessoas
O Fórum contou igualmente com as intervenções dos candidatos do PS à presidência das câmaras municipais da Região, a começar pelo anfitrião, Hugo Marques.
O candidato à autarquia machiquense enalteceu que onde o PS governa vive-se melhor, porque o partido governa para as pessoas. Hugo Marques assume esta candidatura com responsabilidade, comprometido em fazer mais e melhor pelas pessoas, com uma postura de proximidade, ouvindo a população, para fazer a diferença em áreas essenciais como a habitação, a mobilidade, os rendimentos, a atração de investimento e a criação de emprego.
“Queremos, nos próximos quatro anos, ter o gosto de ver as pessoas sorrirem ao verem que estamos a executar aquilo que prometemos”, declarou.
Usaram ainda da palavra os candidatos Nádia Melim (Porto Santo), João Carlos Gouveia (São Vicente), Sofia Canha (Calheta), Nilson Jardim (Câmara de Lobos), Pedro Diniz (Santa Cruz), Rui Caetano (Funchal), Olavo Câmara (Porto Moniz) e Célia Pessegueiro (Ponta do Sol).