Executivo do PS quer leitura livre com recensão crítica por parte dos alunos
Os alunos portugueses pioraram o desempenho na leitura, baixando de 541 pontos para 528. Este estudo revela aquilo que o Partido Socialista sempre defendeu enquanto oposição ao Governo de Passos Coelho, ou seja, que a escola que o ex-ministro Nuno Crato construiu é “uma escola a preto e branco, que alterou a matriz curricular tornando-a pesada, rígida, e onde descurou as aprendizagens essenciais – a análise crítica dos textos para as crianças”, sublinhou.
Susana Amador criticou ainda o anterior Executivo por ter desvalorizado o Plano Nacional de Leitura, não apostando na “participação oral dos alunos nas salas de aula, na análise crítica e na criatividade”. Já o atual Governo tem insistido em “métodos de aprendizagem mais inovadores, mais qualificados, fazendo uma ligação entre todos os ciclos de ensino”, salientou.
“Há muito trabalho a fazer e entendemos que estamos no bom caminho, quando voltámos a revitalizar o Plano Nacional de Leitura, quando voltámos a centrar-nos nos exames de aferição para que possamos monitorizar de forma precoce tudo o que sejam dificuldades dos alunos e poder também atuar”, disse Susana Amador, acrescentando que ao mesmo tempo o Governo tem apostado no Plano Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, “que envolve mais de 200 escolas e que olha para a matriz com maior flexibilização, dando também às escolas e aos professores uma maior autonomia para que a cidadania regresse à escola e nos possamos centrar na qualidade de aprendizagem”.
Susana Amador lembrou outras medidas que o Governo implementou durante este ano e que espera que venham a dar frutos, como o trabalho de identificação das aprendizagens essenciais de português, que identifica o que nenhum aluno pode deixar de aprender e recentra o ensino no processo de aprendizagem, e a participação no InCode 2030 para reforço das competências digitais.
“Mais importante do que olharmos para trás é concentrarmo-nos naquilo que temos de fazer para que possamos melhorar estes resultados e recentrarmo-nos naquilo que deve ser uma escola pública de qualidade, onde todos os agentes educativos devem participar”, defendeu a deputada do PS.