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Execução orçamental mostra Portugal no bom caminho

Execução orçamental mostra Portugal no bom caminho

Os dados da execução orçamental de abril revelam que Portugal se encontra no bom caminho, garantiu ontem o ministro das Finanças, Mário Centeno, mostrando-se otimista pelo facto de a despesa pública estar abaixo das próprias previsões do Governo.

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Falando numa conferência sobre economia, promovida pela UGT, em Lisboa, sobre “Cenários Macroeconómicos de Portugal no Contexto da Globalização – Perspetivas de Futuro”, Mário Centeno afastou a possibilidade de desvios da execução orçamental face às previsões, destacando a propósito os números do passado mês de abril, e dos “dados que já conhecemos do mês de maio”, onde se regista, como destacou, uma melhoria das receitas fiscais e das contribuições sociais e uma redução da despesa pública nas contas com pessoal e serviços, que se “encontra abaixo do que está previsto para o conjunto do ano”.

Mário Centeno fez ainda questão de realçar que o saldo primário das contas públicas ultrapassou em abril os 35% do objetivo anual, enquanto no mesmo período do ano passado, como salientou, essa percentagem cifrava-se nos 28%.

Mostrando confiança no cumprimento das metas estabelecidas, Mário Centeno, depois de salientar que a preocupação do Governo é “promover uma política de crescimento económico equilibrado”, tendo em vista a “consolidação das contas públicas e a coesão social”, defendeu a necessidade de se avançar “de forma controlada” nas políticas públicas, de forma a garantir a estabilidade e diminuir os riscos para a economia portuguesa, tendo em atenção, como alertou, para a “incerteza que paira na economia mundial”.

O ministro das Finanças lembrou o longo caminho que ainda há a percorrer no sentido de “reforçar a confiança na nossa economia”, uma tendência que em sua opinião terá de ser alargada “a todos os sectores”, sobretudo às “empresas e aos trabalhadores”, sem esquecer, como realçou, a “todos aqueles que ainda não têm emprego”.

Retoma do investimento fundamental para o crescimento

Quando à previsão de um crescimento de 1,8%, inscrita no Orçamento do Estado para 2016 e no Programa de Estabilidade, Mário Centeno lembrou que o cálculo “assenta numa aceleração da procura externa”, e que a sua concretização está “dependente da retoma do investimento”, defendendo que as políticas públicas “devem transmitir a estabilidade necessária para que se criem as expectativas de recuperação económica”.

Na sua intervenção, o ministro das Finanças falou ainda dos diferentes riscos que a economia portuguesa enfrenta, recordando, a propósito, a crise económica que está a afetar países como Angola, Brasil e a China, mas “também a desaceleração que se verifica na Europa”, fatores que segundo Mário Centeno “têm prejudicado e muito o ritmo das exportações nacionais”.