“Excelente altura” para refletir sobre o futuro do Serviço Nacional de Saúde

Num momento em que se comemoram quase quatro décadas do arranque do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal, esta é uma excelente altura para se fazer uma reflexão sobre o contributo que este serviço tem prestado ao bem-estar dos portugueses, defendeu o primeiro-ministro, que falava aos jornalistas em Coimbra, após a apresentação do livro “Salvar o SNS – uma nova Lei de Bases da Saúde para defender a Democracia”, da autoria do ex-ministro da Saúde socialista e presidente honorário do PS, António Arnaut, e do ex-coordenador do Bloco de Esquerda e médico, João Semedo.

Sustentando que esta é uma boa altura para se voltar a debater o papel do SNS, António Costa mostrou-se convicto de que os contributos, tanto de António Arnaut como de João Semedo, plasmados neste livro, constituem certamente “importantes ajudas” para um debate sério e aprofundado sobre uma das matérias mais emblemáticas e importantes da democracia pós 25 de abril de 74 em Portugal.

Para António Costa, o assunto tem “demasiado peso e importância” para justificar a abertura e o contributo de todos para uma reflexão aprofundada sobre o Serviço Nacional de Saúde, defendendo que todos os dias se tem de lutar para melhorar o serviço, reconhecendo, contudo, que “seguramente haverá do ponto de vista legislativo,” algumas melhorias que terão obrigatoriamente que ser introduzidas, de modo a proporcionar maior qualidade de vida no dia-a-dia dos profissionais, dos utentes e dos diferentes serviços do SNS.

Nova Lei de Bases

Presente nesta sessão de apresentação do livro de António Arnaut e de João Semedo, sobre o SNS, evento que decorreu na antiga igreja do Convento São Francisco, em Coimbra, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, depois de defender ser este o momento certo para “conceber uma nova Lei de Bases da Saúde”, garantiu que da parte do Governo e do Ministério que tutela, mas também “garantidamente da parte dos partidos políticos representados na Assembleia da República”, estão criadas todas as condições “para abrir o debate e avançar com o processo”.

Para que tal possa suceder e ter êxito, na perspetiva do ministro da Saúde, é necessário que “haja um entendimento, uma conversa, o mais alargado possível” na sociedade portuguesa à volta de uma lei que “sirva o Estado e a República e sobretudo o interesse dos cidadãos”, numa altura, como lembrou, em que a Lei de Bases está a comemorar 27 anos, e o Serviço Nacional de Saúde completa 40 anos em 2019.