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Estudantes universitários vão ter mais 4.500 camas a partir de outubro

Estudantes universitários vão ter mais 4.500 camas a partir de outubro

“Cerca de mais 4.500 novas camas serão disponibilizadas em todo o país para os estudantes do ensino superior, através de pousadas da juventude, alojamentos locais e hotéis, representando um aumento de 16% face ao total de camas disponibilizadas no ano letivo anterior”, anunciou ontem o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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Estudantes universitários vão ter mais 4.500 camas a partir de outubro

A tutela realçou, numa nota enviada à comunicação social, que, no total, “mais de 18 mil camas” passam a estar disponíveis para os estudantes universitários “em condições de conforto, qualidade e segurança”.

Esta “capacidade instalada de alojamento público para estudantes” decorre de “uma cooperação estratégica com o setor do turismo, permitindo manter postos de trabalho e rentabilizando estruturas que, dada a diminuição da procura turística, enfrentam desafios adicionais de sustentabilidade”, explicou o Executivo.

Os acordos estabelecidos com a Movijovem e várias estruturas representativas de unidades hoteleiras e de alojamento local “começarão a ser assinados nos dias 21 e 22 de setembro, em cerimónias públicas no Porto, Vila Real e Lisboa”, adiantou o Ministério.

Relativamente ao complemento de alojamento para os alunos que não conseguem vaga nas residências dos serviços de ação social, vai subir este ano para 219 euros mensais nas zonas onde o mercado do arrendamento não está tão inflacionado. Os estudantes que procurem casa nos concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras – onde o valor médio de um quarto é mais elevado – poderão ter um apoio de 285 euros. Já nas zonas do Porto, Amadora, Almada, Odivelas e Matosinhos, o apoio é de 263 euros.

De acordo com o Governo, foram ainda criadas condições para que os estudantes que, por motivos curriculares, tenham de ser duplamente deslocados possam ter um apoio para o alojamento. Esta situação aplica-se aos estágios e práticas clínicas fora da área da residência e da área geográfica da instituição.

Mais oito mil bolseiros no ensino superior

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior adiantou também que o valor das bolsas dos estudantes universitários aumentou e deverá haver mais oito mil bolseiros do que no ano passado, passando de 72 mil para 80 mil estudantes.

No novo ano letivo, os estudantes de famílias com um rendimento de 8.962 euros anuais ‘per capita’ passam a ter direito a bolsa. Este teto representa um aumento de 878 euros ‘per capita’ em relação ao ano passado, permitindo, assim, aumentar o número de beneficiários.

O processo de atribuição de bolsas também foi simplificado, havendo situações em que a atribuição deste apoio é automática.

“Com o objetivo de acelerar o processo de atribuição e pagamento de bolsas de estudo no início do ano letivo, todas as atribuições automáticas previstas no regulamento de bolsas de estudo passam a ser da competência do diretor-geral do Ensino Superior, mantendo-se a competência das instituições na análise completa e decisão final do processo”, referiu a tutela.