Estimular e otimizar o crescimento global do sector do Turismo
Na abertura do período de consulta pública da Estratégia Turismo 2027, onde esteve também presente a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, o governante frisou que o Executivo socialista “está a criar um programa para recuperar e abrir ao público o muito património natural, histórico e edificado que se encontra fechado”.
Manuel Caldeira Cabral referiu igualmente “o esforço que está a ser feito para a qualificação, não só no aumento de pessoas em formação, mas também na qualidade de ensino nas escolas de turismo”.
“Nestas escolas, os programas incluem a motivação para o empreendedorismo e a aquisição de competências que ajudem as pessoas a interagir com terceiros, para além das tecnologias de informação”, adiantou.
No auditório do Convento de Cristo, monumento Património da Humanidade, no qual foi feita a apresentação do documento estratégico, Ana Mendes Godinho acrescentou que “os problemas estruturais do país impõem políticas ativas que estimulem o crescimento do turismo, nomeadamente em termos de infraestruturas, acessibilidades, qualificação das pessoas e coesão social”.
Construindo um referencial estratégico
“Precisamos todos de assumir os compromissos necessários para aumentar o valor da oferta, desconcentrar a procura de forma geográfica e ao longo de todo o ano, para que a atividade turística seja sustentável, crie riqueza e emprego qualificado”, vincou a secretária de Estado, destacando que a Estratégia Turismo 2027 visará “construir um referencial estratégico para o turismo em Portugal, estável e estruturante, que resulte do trabalho articulado entre o setor público e o privado”.
A este propósito, referiu que, embora o turismo nacional esteja a crescer, o rendimento médio anual das pessoas que trabalham neste setor continua baixo, a atividade mantém-se centrada no litoral e persiste uma forte sazonalidade.
Por tudo isso, o Governo aponta como principais desafios para esta área o aumento do rendimento e da população empregada, a redução das assimetrias regionais, o crescimento do setor em valor, com o consequente aumento das receitas, a redução da sazonalidade, a melhoria das acessibilidades, uma maior capacidade de resposta à procura de turistas mais informados e exigentes, uma maior inovação e a generalização da economia digital, uma maior sustentabilidade do setor, a simplificação da legislação e da máquina administrativa e o asseguramento da capacidade de investimento às empresas.