Este vai ser um Governo para virar a página
Falando aos jornalistas nos Passos Perdidos da Assembleia da República, Carlos César saudou a decisão do Presidente da República, frisando que a indigitação de António Costa para primeiro-ministro obedece ao melhor critério, garantindo que o Governo socialista cumprirá rigorosamente os compromissos assumidos, quer com os partidos à sua esquerda, quer com os restantes órgãos de soberania, quer ainda a nível externo, não só com a Nato, como também na Europa, honrando e cumprindo os compromissos em relação ao “Pacto de Estabilidade e Crescimento, Tratado Orçamental, e na participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária”.
Carlos César afastou a hipótese de o PS apresentar no Parlamento uma moção de confiança ao programa de Governo do primeiro-ministro indigitado António Costa, frisando que a esquerda parlamentar rejeitará uma eventual moção de rejeição da coligação de direita do PSD/CDS, recordando que tal decorre dos acordos feitos com o PCP, Bloco de Esquerda e “Os Verdes”.
Questionado quanto às prioridades do futuro Governo do PS, o líder parlamentar socialista lembrou a este propósito o que o próprio António Costa tem vindo a garantir ao longo das últimas semanas, reafirmando que o Executivo socialista dará especial atenção à recuperação das condições de vida de grande parte da população portuguesa, severamente atingida ao longo dos últimos quatro anos por políticas erradas empreendidas pela direita, mas também pelo desenvolvimento de medidas que contribuam para o crescimento das empresas.
Passado este período de grande expetativa, disse ainda Carlos César, esta é a “hora de trabalharmos” e de um “virar de página” que “há muito reclamamos”, recordando que o programa de Governo que o PS vai apresentar no Parlamento é um documento que foi aprovado pela Comissão Nacional do partido, um programa que “o país já conhece”, e de que fazem parte “as alterações firmadas com o BE, PCP e PEV”.