Este Governo desvaloriza o papel do Estado
Falando em Sintra, na conferência “Administração Pública: Fortalecer, Simplificar, Digitalizar”, o Secretário-geral socialista reiterou as críticas ao Governo de direita PSD/CDS e à desvalorização do papel do Estado que tem vindo a prosseguir, com políticas que estão a atingir já “funções centrais”, como a Defesa Nacional, a Segurança Interna e a administração da Justiça.
Para António Costa, esta política de desvalorização do papel do Estado, que o Governo tem vindo a seguir desde que tomou posse, não só assume um caráter “absolutamente negativo” para a sustentabilidade da economia, como representa igualmente um “erro trágico” com consequências perigosas para o país e para a confiança dos cidadãos.
Ao invés, como lembrou, da proposta do PS que aponta para um Estado forte e inteligente, valorizando e dando importância ao investimento público como fator essencial para a dinamização e desenvolvimento da economia, com reflexos óbvios quer no sector privado, quer do emprego.
Fazendo uma análise distintiva entre as políticas defendidas pelo PS e a direita, o líder socialista salientou que, enquanto o PS acredita que um Estado forte garante a soberania, segurança, justiça, igualdade de oportunidades e que constitui um fator de estabilidade para o conjunto da economia, mas que sabe “aligeirar-se daquilo de que não precisa”, a direita, bem ao contrário, prefere apostar na privatização de sectores que deviam manter-se na órbita do sector público e optar por vender o que não faz falta.
Um bom exemplo da “imparável fúria privatizadora” deste Governo e da aposta que fez de ir “muito além do que estava acordado com a troica”, disse António Costa, traduz-se na indiferença com que tratou o memorando inicial, tendo já alcançado o dobro das receitas acordadas para as privatizações e preparando-se para prosseguir com a alienação de empresas estratégicas como a TAP, “amanhã com as águas e depois sabe-se lá com o quê”.
Maioria absoluta
Já Basílio Horta, presidente da Câmara Municipal de Sintra, defendeu a necessidade de os socialistas ganharem as próximas eleições legislativas “com maioria absoluta”, considerando que só assim será “possível haver estabilidade” política em Portugal.
Para o autarca, eleito como independente nas listas do PS, tudo o que for prometido e constar do programa socialista para as legislativas “terá de ser cumprido”, constituindo assim um “fator de credibilidade que acompanhará toda a legislatura”.