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Este é o momento de agirmos em defesa do projeto europeu

Este é o momento de agirmos em defesa do projeto europeu

O PS tem sido, desde sempre, e em todas as circunstâncias, o maior defensor do projeto europeu em Portugal, disse António Costa a propósito do referendo de ontem na Grécia, defendendo a” reabertura das negociações” entre as instituições europeias e o Governo de Atenas com vista à “superação da crise na zona euro”.

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UMA EFETIVA GARANTIA PARA OS JOVENS

Em conferência de imprensa realizada hoje, na sede nacional, o Secretário-geral do PS considerou ser esta a “última oportunidade” para que o Governo de Passos Coelho/Paulo Portas passe a adotar uma posição construtiva, que “sirva o interesse nacional”, virando a página da austeridade, relançando a economia e o emprego, garantindo assim “um novo impulso para a convergência de Portugal com a UE e a confiança no euro”.

Depois de lembrar a constante preocupação que o PS tem vindo a manifestar sobre a crise que a zona euro está a atravessar e o “inevitável impacto que a sua evolução teve, tem e terá também sobre o nosso país”, António Costa lembrou ser um erro insistir no isolamento da Grécia do conjunto da zona euro, defendendo que as instituições deviam garantir a unidade do projeto europeu, substituindo o conflito entre credores e devedor pelo diálogo solidário.

Ao terem cometido o erro de isolar a Grécia do conjunto da zona euro, disse o líder do PS, as instituições europeias contribuíram para uma “lamentável escalada” que conduziu a uma lógica de confronto que tem promovido a divisão, o radicalismo e o sentimento de “humilhação do povo grego”.

Para António Costa, a decisão soberana do povo grego, de rejeitar a proposta de acordo que foi submetida a referendo, “tem de ser respeitada, defendendo que os países da zona euro não devem insistir na continuidade de uma estratégia errada, que conduzirá inevitavelmente ao “agravamento dos seus resultados”, pondo em causa o “próprio projeto europeu”.

Por isso, acentuou, o PS tem vindo a insistir na necessidade de mudança de métodos e de estratégia para “enfrentar e vencer esta crise”.

Dos resultados deste referendo, realçou o Secretário-geral do PS, não se deve retirar a ilação de que o povo grego recusa participar na zona euro, ou servir de pretexto para que as instituições, ao “arrepio dos tratados”, retirem daqui a ideia de que os gregos querem excluir-se do euro.

Considerando que a Grécia é hoje a “ilustração dramática do fracasso dos programas de ajustamento”, e não deixando de marcar as diferenças entre o Partido Socialista e o Syriza, António Costa recordou que o PS tem mantido, ao longo deste processo, “uma linha de coerência sobre o projeto europeu”, fazendo uma avaliação negativa dos programas de ajustamento.