Esquerda tem condições para oferecer um Governo e estabilidade ao país
Em declarações aos jornalistas antes da reunião dos socialistas europeus, o Secretário-geral do PS sublinhou que “há forças políticas que têm percebido que é preciso trabalhar para construir soluções de governo estável, e há outras, como o PSD e o CDS, que infelizmente, até agora, ainda não demonstraram ter compreendido o que é que significam os resultados eleitorais, e não têm feito esforços suficientes para poderem contribuir para uma solução que crie estabilidade”.
Segundo António Costa, “é manifesto que a coligação de direita tem tido muitas dificuldades em adaptar-se ao novo quadro parlamentar e ainda não compreendeu que houve uma mudança muito significativa em Portugal: a maioria deixou de ser maioria, e não pode pretender governar como se nada tivesse acontecido”.
“Por alguma razão PSD e CDS tiveram o segundo pior resultado eleitoral de sempre, por alguma razão perderam a maioria, e por alguma razão há um novo quadro parlamentar que dá outras maiorias”, acrescentou.
O Secretário-geral do PS afirmou que “a esquerda tem condições para oferecer um Governo e estabilidade. Não fechamos portas. Pelo contrário, o importante é abrirmos portas. E se há algo de muito importante que saiu das eleições legislativas foi ter sido derrubado o muro que existiu durante 40 anos e que criava a incomunicabilidade e a impossibilidade de diálogo construtivo entre a esquerda portuguesa”.
Hoje, frisou António Costa, “a esquerda portuguesa está em condições de oferecer um Governo e estabilidade como não tinha tido até agora”.
Um Governo com o PS será fiel à sua tradição histórica
Quanto à sua presença na reunião dos socialistas europeus, que antecede uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, o Secretário-geral do PS adiantou que terá “oportunidade de transmitir aquilo que é a situação hoje em Portugal, depois de a maioria ter perdido a maioria nas últimas eleições”.
“O que é importante obviamente é assegurar a todos que um governo com o PS será sempre um governo fiel àquilo que é a tradição histórica do PS, aquilo que são os nossos compromissos internacionais, designadamente no quadro da União Europeia, e que são essenciais para o desenvolvimento de Portugal”, acrescentou.