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Esforço que deve mobilizar todo o país

Esforço que deve mobilizar todo o país

Em todo o país está a ser realizado um “esforço gigantesco" para evitar a repetição das tragédias de 2017, garantiu, em Porto de Mós, Luís Capoulas Santos, referindo-se às ações de limpeza das zonas de risco de incêndio.

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Ao acompanhar os trabalhos de limpeza de terrenos localizados em área da responsabilidade do Estado, o ministro apelou para que “todos os que possam, contribuam para que 2017 não se volte a repetir este ano” e a incidência dos fogos seja menor.

Este desígnio, enfatizou, “terá de mobilizar todo o país”, não só o Estado, através do Governo e dos diversos ministérios, também as autarquias, mas “sobretudo os proprietários”, porque “em Portugal mais de 93% da floresta é propriedade privada”.

Lembrando que a ação é prioritária num conjunto de áreas que não arderam, identificadas como de maior risco pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Capoulas Santos referiu que estão em causa mais de seis mil aldeias e 1049 freguesias.

Segundo o titular da pasta da Agricultura, naquilo que lhe compete, o Estado está a tentar responder às necessidades de limpeza da área de proteção envolvente, contando com a colaboração dos municípios.

“Hoje mesmo o ICNF irá contratualizar [a limpeza de] mais uma centena de quilómetros destas áreas”, sendo que o objetivo é “concluir 500 quilómetros desta rede primária, paralelamente ao esforço que está a ser desenvolvido na proteção das casas e na proteção das aldeias”.

“A intervenção visa limpar o máximo de zonas de risco de incêndio até ao verão”, disse, recordando de seguida que as distâncias de dez metros entre árvores se aplica apenas às “facilmente combustíveis”, como eucaliptos e pinheiros, e que no caso de “outras árvores”, a diferença entre copas é de quatro metros, ficando fora dos cortes as vinhas, olivais e pomares.

“Nas árvores protegidas, como sobreiros, carvalhos, castanheiros, azinheiras, temos de ter muito cuidado e não abater indiscriminadamente. O que se pretende é que as casas tenham menos matéria inflamável à sua volta e que a lei se cumpra, adaptada a cada circunstância”, concluiu, para depois reforçar a ideai de que a prevenção de incêndios precisa de “uma conjugação de esforços para que os recursos escassos que todos temos possam produzir os melhores efeitos possíveis”, defendendo que perante “limitações orçamentais” é necessário “estabelecer prioridades”.