O antigo comissário europeu, mandatário da coligação Viver Lisboa (PS/Livre/BE/PAN), dirigiu também uma pergunta a quem não se quis juntar à mudança de que a capital precisa.
“Esta coligação é o fruto de uma vontade de convergência entre várias forças políticas e muitos independentes no respeito pela identidade de cada uma das forças aqui presentes e, por isso, sinto-me à vontade para aqui hoje perguntar àqueles que não se juntaram, àqueles que não quiseram juntar-se, como é que se sentiriam, na noite de domingo, se a dispersão de votos abrisse a porta à apagada e vil tristeza da continuidade”, perguntou.
O mandatário foi ainda mais longe e questionou como se sentiriam se a continuidade de Carlos Moedas à frente da Câmara da capital “acabasse por abrir a porta a uma influência desmedida nos destinos de Lisboa da direita radical e populista, que faz campanha contra a democracia, contra a liberdade e contra o poder local”.
Mostrando-se convicto que a coligação “Viver Lisboa vai vencer”, António Vitorino apelou a uma grande mobilização dos eleitores na capital.
“Uma cidade acolhedora, mas que precisa de cuidados intensivos. Com as propostas que a Alexandra apresentou para a habitação, para a limpeza, para a mobilidade humana, para a preservação do ambiente. Esse é o projeto de uma cidade-capital que é, ao mesmo tempo, uma cidade onde é possível ser feliz vivendo nela”, defendeu.
Afirmando que “já é tempo de votar numa mulher para presidir a Câmara de Lisboa, coisa que nunca sucedeu”, Vitorino elogiou a capacidade de Alexandra Leitão, da sua equipa e do seu projeto, insistiu que a escolha nas eleições de domingo “é clara”.
“É uma escolha entre a continuidade pelo desleixo, pela negligência, pela incúria, pelo abandono, sobretudo pela paralisia de uma cidade que durante quatro anos viveu apenas à custa dos projetos que tinham sido lançados pela variação anterior”, começou por dizer.
“E é uma escolha pela mudança. E sim, a mudança é feita através das propostas que esta equipa apresenta. Mas, tem que ser também uma mudança na relação com as pessoas”, defendeu.
António Vitorino mostrou-se também seguro que Alexandra Leitão e a sua equipa serão capazes de criar “uma relação de empatia com os lisboetas”.
“Porque o que falta na nossa sociedade, na sociedade polarizada, na sociedade das redes sociais, na sociedade dos slogans vazios de conteúdo, o que falta é isso”, enfatizou, pedindo “empatia e um coração que bata pela cidade de Lisboa”.