Escolas com “total segurança” para regresso dos alunos

O Executivo quer as crianças e os jovens nas escolas pela saúde física e psicológica destes alunos, pela literacia e pelas dinâmicas económicas e sociais das famílias, mas caso as aulas tenham de ser interrompidas têm de ser “no menor espaço e tempo possível”, vincou o governante no final da reunião sobre a evolução da pandemia de Covid-19 em Portugal, que juntou peritos, políticos e parceiros sociais no Porto.

As escolas têm de voltar a ser o “paradigma da segurança” na sociedade, defendeu Tiago Brandão Rodrigues, que referiu que se as infraestruturas públicas tivessem os mesmos níveis de segurança das escolas, todos estariam mais tranquilos quanto à progressão da pandemia.

O ministro da Educação adiantou também que, apesar da total segurança das escolas no arranque do ano letivo, o Governo está a criar condições para, caso seja necessário, garantir o ensino à distância e misto.

“Quanto ao estudo em casa, transmitido no canal público, teremos novidades em breve”, admitiu.

Também a ministra da Saúde garantiu que o país está preparado para o regresso à escola em segurança: “Estamos preparados para enfrentar o regresso à escola em segurança das nossas crianças e jovens adultos, e também estamos melhor preparados que há seis meses”.

Para Marta Temido, o país está preparado para um eventual “recrudescimento da doença” de Covid-19, já que tem “mais meios, experiência e conhecimento” do que no início da pandemia, embora o contexto seja “naturalmente de grande exigência”.

“Temos mais capacidade de testes, mais capacidade de cuidados intensivos, equipas na saúde pública que estão mais preparadas para estas respostas localizadas em trabalho com todos os atores”, enumerou a ministra.