Ensino superior vai ser “de certeza presencial” no novo ano letivo
Manuel Heitor, que participava na semana passada numa iniciativa sobre o pós-Covid-19, no Instituto Politécnico de Bragança, defendeu que cabe às instituições adaptarem-se à nova realidade e lembrou que a própria acreditação dos cursos depende do ensino presencial, não se coadunando com a exceção das aulas à distância imposta durante o estado de emergência.
Segundo o governante, as aulas começam em setembro, “como não podia deixar de ser, da forma presencial, até porque todos os cursos e todas as ações estão acreditadas para funcionarem na forma presencial e por isso o arranque do ano letivo é feito exatamente nas condições para as quais os cursos foram acreditados”.
O ministro da Ciência e do Ensino Superior frisou que o regresso “obviamente tem de ser feito com responsabilidade”. No entanto, “se não é o ensino superior a mostrar e a ensinar às pessoas como é que se vive com responsabilidade, quem é que poderá ser?”, questionou.
“Por isso, são também as instituições de ensino superior aquelas que são mais adequadas a ensinar as regras”, disse.
O governante apelou depois à “adaptação para evitar a acumulação em transportes públicos”, sendo esta a “questão mais crítica”. “Não é dentro das instituições, é o acesso às instituições”, principalmente nos maiores centros populacionais, sublinhou.
“Por isso tenho apelado para desdobrar horários e tentar cumprir as normas, certamente o uso obrigatório de máscaras, mas garantindo sempre o ensino presencial, porque também se não for assim os cursos perdem a sua acreditação”, lembrou o ministro, que defendeu que o ensino presencial tem de ser garantido “salvo algum imprevisto”.
Há orientações emanadas pela Organização Mundial da Saúde e, em Portugal, transcritas pela Direção-Geral da Saúde, que vão evoluir, salientou o governante, que atestou que “temos de aprender a viver com a pandemia e com as futuras pandemias”.
Manuel Heitor referiu ainda que é preciso “passar a mensagem” que tem de se continuar a reforçar a mobilidade internacional de estudantes, quer a nível europeu, quer dos países de expressão portuguesa.