Enquanto a direita ria com soberba, o Governo trabalhava
No segundo dia de discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2019, o socialista lembrou que estes quatro orçamentos foram apresentados e executados “sob a permanente dúvida e oposição daqueles que à direita agitaram todos os fantasmas”, mas que, quando estavam no Governo, “apresentaram 12 orçamentos em quatro anos, incluindo oito retificativos, ora porque as contas nunca batiam certo, ora porque as propostas nunca batiam certo com a Constituição”.
“Quatro orçamentos cumprindo todas as metas que aqui apresentámos em 2015 e das quais as primeiras filas do PSD e do CDS se riram com soberba”, recordou. “Mas o tempo mostra quem cumpriu e quem falhou. E se hoje o país tem razões para sorrir, isso é porque enquanto os senhores riam, nós trabalhávamos”, salientou o parlamentar, num ataque dirigido às bancadas dos sociais-democratas e dos centristas.
Tiago Barbosa Ribeiro continuou a criticar os partidos de direita, acusando-os de não entenderem “que o Estado é o principal motor de equidade e mobilidade social”. “Não há liberdade na pobreza nem há justiça na desigualdade, e é por isso que precisamos de um Estado social forte que garanta as condições de realização individual quer se nasça no litoral ou no interior, quer se seja rico ou pobre”, explicou.
Valorização do Estado social equivale a uma vida melhor
O Partido Socialista sabe “quais as reformas estruturais que fazem a diferença na vida dos portugueses”, como o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública e a segurança social pública, garantiu o deputado. Por isso é que o Executivo do PS governa “para a maioria”, com “justiça social” e para “garantir mais liberdade e plena realização para todos”.
No Orçamento do Estado para 2019, o Governo valoriza “o Estado social, porque ele representa não apenas a justiça social, mas a ambição e os instrumentos de uma vida melhor”, afirmou.
Ora, “estas e outras reformas não encaixam no mundo dos opositores desta governação [PSD e CDS-PP]. Esses olham para o Orçamento e não conseguem ver reformas, porque querem as deles, acham que as reformas têm de punir, têm de doer, têm de significar menos direitos, têm de significar um ataque permanente ao Estado social”, lamentou.
Tiago Barbosa Ribeiro lembrou que, para as bancadas da direita, o Orçamento tem “metas fantasiosas” e ora “é eleitoralista às segundas, quartas e sextas, ora é austeritário às terças, quintas e sábados”. Por isso, deixou um apelo: “Entendam-se, mas digam-nos como fariam diferente e expliquem-no com clareza ao povo português, dizendo que discordam das nossas opções orçamentais num dos países mais desiguais da Europa”.