Energia limpa com preços mais baratos e competitivos para o consumidor
Segundo o secretário de Estado da Energia, a tutela está a trabalhar no sentido de que os consumidores possam “optar, se assim o entenderem, por produtores e comercializadores que apenas forneçam ou comercializem energia renovável”.
Isto, explicou Jorge Seguro Sanches, será uma realidade “não só ao nível da existência de um próprio mercado de energia renovável, com a sua certificação de que a produção é mesmo renovável, mas também pelo facto de querermos garantir que um determinado consumidor possa optar por escolher quem é o produtor que lhe vende a energia”.
Neste ponto, o governante sublinhou o empenho do Governo liderado por António Costa na criação desse novo mercado de energia, adiantando que este deverá ser implementado “até ao fim da legislatura”.
Desmistificando a ideia segundo a qual a energia renovável significa, automaticamente, subsídios pagos pelos consumidores ou energia mais cara, Seguro Sanches lembrou que, há menos de uma semana, “Portugal teve o preço de produção de eletricidade mais barato da União Europeia”.
Bom sinal para o futuro do renovável
Também o Governo socialista, no geral, tem manifestado a sua satisfação com o desempenho do setor energético renovável no mês de março, uma vez que a produção de eletricidade renovável no último mês ultrapassou o consumo em território continental.
Refira-se que os dados da REN – Redes Energéticas Nacionais evidenciam que a eletricidade de origem renovável produzida em março esteve 3% acima do consumo total, facto que, além de agradar ao Executivo, entusiasma muito ambientalistas e produtores.
O secretário de Estado da Energia encarou estes números como “um bom sinal para o futuro do setor em Portugal”, considerando igualmente que “o país tem grandes condições para completar o ‘mix’ da energia renovável”.
“Aquilo que aconteceu no mês de março significa que este é o caminho certo que devemos seguir”, frisou, para de seguida defender que Portugal tem “condições extraordinárias para a produção de energia renovável”.
Recordando o “investimento muito grande” realizado no sector das renováveis pelos vários governos socialistas, “numa primeira fase na energia hídrica, numa segunda fase na energia eólica” e “começam agora a avançar projetos com dimensão na energia solar”, Jorge Seguro Sanches deixou a certeza de que acabaram “os subsídios pagos pelos consumidores”, permitindo-se assim que o preço da energia em Portugal seja “mais barato e competitivo”.