Emprego, a causa das causas – Opinião
Em quatro anos deste Governo saíram mais de 400 mil pessoas do país, foram destruídos mais de 300 mil postos de trabalho, as contratações caíram 40%, o desemprego atinge mais de 700 mil pessoas, a taxa de desemprego jovem é cerca de 35% (Portugal é um dos quatro países da zona Euro com a taxa mais elevada), os (poucos) novos empregos criados são precários e mal remunerados (salário médio de 580 euros), metade dos trabalhadores aufere 7.700 euros/ano, 90% dos desempregados só consegue emprego com vínculo precário, 20% das pessoas vive em risco de pobreza (com 400 euros por mês).
Este é o Portugal no bom caminho da PAF. Pobreza, desemprego, precariedade. Passos Coelho disse ao que vinha logo no seu primeiro orçamento – “Portugal só sairá da crise empobrecendo”. Cumpriu a promessa de empobrecer o país; a crise, essa, ficou por cá e alastrou – crise financeira, crise económica, catástrofe social e uma perigosa crise de confiança.
E o que propõe a PAF para os próximos quatro anos? Não sabemos bem, parece que a estratégia é tentar chegar ao dia das eleições sem programa de Governo PAF. Até lá, o que já se sabe é que vão cortar mais 600 milhões na Segurança Social e publicaram uma “carta de garantias” onde constam alguns compromissos genéricos.
E “garantem” alguma coisa em matéria de emprego? “Garantimos que, dentro do que está ao alcance de um Governo, uma legislatura em que a redução continuada do desemprego seja a prioridade máxima. A nossa ambição é que o desemprego em Portugal, baixe, pelo menos, para a média europeia”. Fraca ambição, total ausência de ideias e propostas concretas de como enfrentar a catástrofe social que é o desemprego e a precariedade em Portugal.
Para o PS, o emprego é a causa das causas. E não é apenas retórica vazia. O PS propõe várias medidas concretas de promoção do emprego e de combate à precariedade. Por ser particularmente simbólica de uma forma de governar que, ao contrário do Governo PAF, não tem por base a estratégia de uns contra os outros – idosos contra jovens, reformados contra trabalhadores – é de destacar o programa de apoio ao emprego jovem “Contrato Geração”. Esta é uma medida que, em simultâneo, apoia as reformas a tempo parcial e incentiva a contratação de jovens desempregados. Com o “Contrato Geração” promove-se a permanência no mercado de trabalho dos trabalhadores mais próximos da idade da reforma, ao mesmo tempo que se promove a renovação geracional das empresas.
Com a coligação PAF, Portugal andou para trás várias décadas.
Portugal para a frente, só com o PS!