Emanuel Câmara quer pacto regional para preparar quadro comunitário de apoio

Destacando temas como o desenvolvimento e a coesão naquela Região Autónoma, Emanuel Câmara descreveu como crucial “fazer um pacto sobre a necessidade de a Região preparar o próximo quadro comunitário”.

“Essa preparação terá de passar pela mobilização, não apenas das instituições públicas, mas de todas as forças vivas da Região”, apontou o presidente do PS Madeira, enfatizando ser essencial gerar um consenso em torno das áreas prioritárias que devem ser visadas.

A ideia passa, segundo explicou o dirigente socialista, por planificar eficientemente o financiamento para a próxima década.

Nesse sentido, reafirmou: “Deveria haver um amplo consenso partidário, tal como se tentará que isso aconteça a nível nacional”.

De seguida, o líder socialista desafiou “todos os partidos da Região deixarem-se de guerrilhas estéreis, pensando no futuro da Madeira”.

Neste sentido, criticou os governantes regionais por insistirem “sistematicamente em tentar enganar os madeirenses e porto-santenses dizendo que a situação da Madeira é da responsabilidade do primeiro-ministro António Costa”.

Chão que já deu frutos

Segundo Emanuel Câmara, esse “é um discurso gasto, oco, vazio, que se torna repetitivo e que demonstra claramente que, como não se tem nada para dizer, está-se sistematicamente a querer atacar Lisboa, a querer regressar ao inimigo público da Região, como no passado aconteceu”.

Esse, frisou, foi “chão que já deu uvas”, advertindo que, na Madeira da atualidade “esse discurso já não dá frutos”.

“Temos a carga fiscal mais alta do país e a dívida mais alta”, lembrou, afirmando eu essa é uma realidade que tem de ser assumida, bem como as responsabilidades.

“Quem é que tem culpa disto?”, questionou, deixando claro que não foi o primeiro-ministro, António Costa, quem levou a Madeira aos níveis de endividamento que fizeram com que o Plano de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) fosse necessário ser aplicado na Região Autónoma.

Emanuel Câmara aproveitou também para deixar um desafio ao presidente e ao vice-presidente do Governo Regional.

“Se, de facto, as coisas melhoraram – e ainda bem – então está na altura de aliviar a carga fiscal sobre as famílias e as empresas da RAM”, disse, acrescentando eu os socialistas advogam “colocar essa carga fiscal pelo menos ao nível do que estava antes da entrada do PAEF é fundamental”.

A concluir a reunião da Comissão Regional, na qual foram também apresentadas e votadas as datas para as eleições para as comissões políticas concelhias, o presidente do PS Madeira defendeu uma redução do IRS, do IRC e do IVA na região